domingo, 16 de janeiro de 2011

Bom sinal

Olá amigos!

Desde 1981 o Gigante da Colina não iniciava seu ano com uma vitória, e ela veio em um amistoso internacional.

E antes que algum engraçadinho venha dizer que “contra o Cerro não vale”, venho lembrar que se trata do segundo colocado do “Paraguaião 2010”, conta com seis jogadores da atual seleção, e é um clube de muita história.

Mais do que isso, o time mostrou personalidade e desde o primeiro minuto mandou no jogo em seu primeiro jogo do ano, ao contrário do Cerro que já vinha fazendo amistosos no Brasil.

Foi bom ver que, mesmo sendo o primeiro jogo ‘de verdade” do time no ano, os jogadores pareceram bem “soltos”, afiados fisicamente, graças ao trabalho do Jorge Sotter em Atibaia, especialmente Carlos Alberto, que perdeu bisonhamente um pênalti e botou a culpa no gramado,na areia, na canela e nos orixás.

De verdade, apesar de ter ganho com um gol de falta pude ver diversos pontos positivos na equipe.

  1. Preparação física:  Se os times pequenos sempre entram voando no carioca graças ao tempo maior de trabalho, desta vez o Vasco vai começar mais perto deles no quesito.
  2. Entrosamento: Falta, como ficou claro em pelo menos três corta-luzes que Éder Lúis fez e Marcel não entendeu, mas fora o ataque, o resto do time não teve bateção-de-cabeça.
  3. Cruzamentos: Se Ramon pouco tentou, Fágner acertou três na cabeça de Marcel, e da linha de fundo, como um lateral de carteira assinada, não da intermediária. Pode ser uma grande arma do Vasco, se o queridão polir a careca, porque na altura chega a ser covardia, o cara pula lá no segundo andar.
  4. Se Marcel não estava tão entrosado, ( façamos justiça: Pro atacante é mais difícil) o mesmo não se pode dizer de Anderson Martins e Eduardo Costa, que pareciam jogar a mais tempo no time.
  5. Dedé, o Mito, começou 2011 como acabou 2010: Sobrando pra cima dos adversário, com direito a um “come” lindo pra cima do atacante do Cerro na lateral de campo em um espaço curto.
  6. Anderson Martins parece ser mesmo tudo aquilo que se falou dele, e mesmo antes do gol, já tinha chutado duas bolas perigosamente no gol adversário.

Nem tudo são flores, nem só de elogios é este Post:

O ataque precisa de entrosamento. O Vasco não devia ter ganho por menos de 2 gols, pois apertou o Cerro o tempo todo. Se o time paraguaio ocupou a área o tempo todo, o Vasco pouco chutou em gol, preferia trabalhar a jogada e parecia querer entrar com bola e tudo no gol.

Fora os cruzamentos de Fágner e um bonito chute de Irrazábal de trivela, o Vasco tentava entrar pelo meio da zaga usando da habilidade de C.A e os passes de Felipe ( que ontem jogou com eu gosto, invertido) e esbarrava em um passe errado, em um toque onde o companheiro não correu…

Mas, é natural neste estágio do ano.

Foi bom ver um homem de área novamente, dando opção de jogo aéreo e arrastando sempre um zagueiro com ele, fazia tempo que o Vasco não tinha isso,mas Marcel não teve um bom jogo; Cabeceou três bolas fora e de longe era o “intruso” num quarteto já entrosado. Justiça seja feita, também não recebu nenhuma bola nos pés em condição de gol.  Eduardo Costa fora dois passes errados, foi o que eu queria de um volante do Vasco, e Anderson Martins quando apareceu foi bem.

Misael parece um cara esforçado, mas recebeu uma bola na área de frente pro goleiro e ao invés de dominar, bateu de canhota todo torto. Em outra, caprichou tanto para bater no canto que perdeu de cara para o –bom goleiro Barreto.Ou seja, é daquele tipo que a gente conhece…

O que não quer dizer que não pode vir a ser uma boa opção, eu acredito nele.

Agora vou deixá-los com a descrição profissional do jogo, e lembrá-los que nosso irmãos estão morrendo na região serrana. De fome,sede,frio e doenças. Façam a sua contribuição, não precisa ser de dinheiro, um cobertor, uma garrafa de água, uma roupa quente ou mesmo seu sangue pode salvar uma vida. Amanhã, todas as agências do Itaú terão um recipiente para coletar doações, doe o que você puder, o importante é ser de coração.

Saudações solidárias vascaínas…/+/…

O JOGO

Empolgado com o apoio da torcida e com a festa antes do jogo, o Vasco começou a partida com o domínio das ações. Apesar da maior posse de bola o time tinha muito dificuldade de penetrar na zaga paraguaia. Além do grande número de erros de passe, pesou contra os cruzmaltinos a falta de entrosamento dos homens de frente.

Por diversas vezes Marcel não se entendeu com os meias Carlos Alberto e Felipe e com o atacante Eder Luis. Exemplo foi a jogada feita pelo capitão, que deu passe nas costas da defesa e o centroavante, livre de marcação, não avançou para ficar de frente para o goleiro paraguaio.

Carlos Alberto mostrou bastante empenho, como de costume, mas abusou das jogadas individuais e atrapalhou alguns contra-ataques. Na metade final da primeira etapa, o Vasco conseguiu ser mais efetivo na parte ofensiva. A jogada mais bem trabalhada aconteceu aos 30 minutos, quando Fagner fez ótima jogada pela direita e cruzou na medida para Marcel, que, de cabeça, mandou por cima do gol do Cerro.

Pouco depois, Dedé aproveitou bem o escanteio cobrado por Ramon e desviou de cabeça para o gol. O goleiro Diego Barreto se esticou e fez boa defesa. Se o arqueiro paraguaio teve que trabalhar, o mesmo não pode ser dito sobre Fernando Prass, que praticamente só assistiu ao jogo no primeiro tempo.

Na volta do vestiário, o panorama da partida não mudou muito. Na hora de chegar até a área do Cerro, até que o Vasco ia bem. O problema era no último passe, que sempre saía errado ou era interceptado pela defesa. O técnico Paulo César Gusmão optou por voltar sem alterações para dar mais entrosamento ao time. A primeira mudança só aconteceu com 15 minutos, depois que Fagner deu lugar a Irrazábal.

A partir daí, o time mudou bastante com a alteração de muitas peças, algumas delas caras novas, como Patric e Misael, que passaram a formar o ataque nos lugares de Marcel e Eder Luis. Mas a primeira boa jogada, aos 26, saiu com velhos conhecidos da torcida. Carlos Alberto fez fila pelo meio e rolou para Felipe, que mandou uma bomba de perna esquerda. O goleiro fez boa defesa. Na sequência do lance, o camisa 19 ficou com a bola e chutou forte, rasteiro, mas a bola saiu à direita do gol. O lance serviu, ao menos, para acordar a torcida.

O clima, então, estava formado para o gol, que aconteceu logo depois, aos 31 minutos. Estreante, Anderson Martins mandou uma bomba rasteira de falta e acertou o canto direito do goleiro, que não achou nada: 1 a 0. Logo no primeiro gol no Vasco, o zagueiro fez o seu primeiro gol como profissional. Logo depois ele foi substituído por Douglas e recebeu muitos aplausos da torcida.

A festa podia ter sido ainda maior. Aos 36, Carlos Alberto foi derrubado dentro da área e o árbitro marcou o pênalti. O próprio capitão foi para a bola mas chutou para fora, à direita da trave paraguaia. Misael ainda teve duas chances para ampliar, mas perdeu as duas oportunidades e a partida terminou 1 a 0 para o Vasco, que inicia 2011 com o pé direito.

FICHA TÉCNICA

VASCO 1 x 0 CERRO PORTEÑO-PAR

Competição: Amistoso

Estádio: São Januário, Rio de Janeiro (RJ)
Data: 15/01/2011 (sábado)
Hora: 17h (horário de Brasília/horário de verão)

Árbitro: Gutemberg de Paula Fonseca (RJ)
Assistente nº1: Dibert Pedrosa Moisés (RJ)
Assistente nº2: Rodrigo Pereira Jóia (RJ)

Acréscimo 1º tempo: 0'
Acréscimo 1º tempo: 3'

Público pagante: 4.813
Público presente: 5.744
Renda: R$ 52.720,00

Cartões amarelos: Jorge Nuñez 7'/2ºT (CER), Eduardo Costa 13'/2ºT (VAS), Rodrigo Burgos 29'/2ºT (CER), César Benitez 32'/2ºT (CER), David Mendoza 35'/2ºT (CER), Dedé 39'/2ºT (VAS)
Cartões vermelhos: -

Gol: Anderson Martins (falta) 30'/2ºT (VAS)

VASCO: 1-Fernando Prass; 23-Fágner (22-Irrazábal 16'/2ºT), 25-Anderson Martins (16-Douglas 34'/2ºT), 26-Dedé e 33-Ramon (32-Márcio Careca 25'/2ºT); 8-Eduardo Costa (35-Allan 33'/2ºT), 37-Romulo, 6-Felipe (17-Enrico 30'/2ºT) e 19-Carlos Alberto [cap]; 7-Eder Luis (40-Misael 18'/2ºT) e 9-Marcel (30-Patric 17'/2ºT). Técnico: Paulo César Gusmão.

Reservas não utilizados: 12-Alessandro, 28-Renato Augusto.

CERRO PORTEÑO-PAR: 12-Diego Barreto [cap]; 2-César Benítez, 23-Mariano Uglessich e 15-Luis Cardozo; 5-Iván Piris (11-Oscar Romero 36'/2ºT) e 18-Lautaro Formica (13-David Mendoza 29'/2ºT); 16-Jorge Núñez (10-Julio dos Santos 20'/2ºT), 14-Javier Villarreal e 6-Rodrigo Burgos; 7-Juan Lucero (20-Juan Maldonado 27'/2ºT) e 19-Roberto Nanni (9-Freddy Bareiro 17'/2ºT). Técnico: Javier Torrente.

Reservas não utilizados: 1-Sérgio Valinotti, 3-Danilo Ortiz, 22-Javier García, 11-Diego Madrigal, 17-Digno González. (Obs.: Embora Diego Madrigal tenha sido relacionado com a camisa 11, foi Oscar Romero quem efetivamente entrou em campo com esse número. Completaram o elenco do Cerro Porteño em sua excursão ao Brasil os seguintes jogadores: Pedro Benítez, César Serna, Luis Cáceres, Martin Cabrera, Jorge Rojas.) Na Rádio Globo não falaram o nome do Romero que entrou com a Nº. 11. Eles disseram "11- [Diego] Madrigal"; O outro sem numeração - Digno González - foi Nº. 17.

 

5 comentários:

Fabinho disse...

Foi bom,pé direito na estréia. Só que acho que continuaremos a sofrer com a falta de gols.

abs

Lenon disse...

Começo razoável, CA se esforçou muito! Quero mesmo é ver a estréia valendo pontos.

abs

Lair Dias disse...

O zagueiro Anderson Martins e Eduardo Costa, mostraram muita técnica e disposição e saíram aplaudidos pelo torcedores.O atacante Marcel, com muito boa impulsão poderá uma boa referência na área, precisa de mais entrosamento.
Carlos alberto, foi muito aplaudido, uma boa estréia para quem ficou apagado em 2010.

Abraços

Carla Lia disse...

Espero que o Marcel consiga logo se entrosar com Eder Luis, que sábado, não conseguiram se achar. Acho que o jogo valeu e fiquei contente com a dedicação e empenho do Carlos Alberto.

Vamos continuar ajudando a Região Serrana!

Boa semana e abraços

Telmo disse...

E o Zé Boteco!?? Estamos perdendo tempo com essa novela!

Vamos vascão!

Abs