sábado, 29 de dezembro de 2012

Fica ou não fica?

 

Na noite deste sábado, Roberto Dinamite declarou ao jornal Lance que o futuro de Felipe já estava definido; fora dos planos.

Não dá para dizer que o camisa seis não está colhendo o que plantou. Existe uma diferença grande entre ser verdadeiro, e ser problemático, e o Felipe não entende essa diferença;acha que pode falar o que quiser porque “ele é o Felipe”. Que pode ir trabalhar de moto, se expondo a risco até de vida, “porque é o Felipe”. Que pode jogar futevôlei em um Domingo de jogo do Vasco aonde ele estava afastado por lesão, porque é “o Felipe”. Sempre foi assim, e a sorte dele é que realmente ele é dono de extraordinária habilidade, porque se não fosse, ninguém aturava.

Porém, como eu sempre digo, é preciso saber separar as coisas; Felipe é um grande jogador, e ponto. E o Vasco precisa de grandes jogadores. Em um time arrumado, rápido, e jogando na posição certa, ele pode desequilibrar. Também é verdade que, se os salários estivessem em dia, coisa que deveria ser normal e não anormal, isso não teria acontecido.

Portanto, ao invés de o jogador, (que está em final de carreira no clube que diz amar) ficar discutindo com diretoria, e a diretoria ( que deveria estar fortalecendo o time, e não o contrário) com ele, o melhor é que todos desçam do pedestal, porque quem sofre é a torcida.

A prova está aqui:

Em carta, Associação de Torcidas do Vasco pede que René Simões mantenha Felipe no elenco

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

“Més que un club!”

 

Quando falamos de futebol, o ápice do momento é o Barcelona.

René Simões sabe disso, e passou a noite de ontem com uma comitiva de menbros da direção vascaína em uma reunião explicando como o Vasco vai passar a trabalhar com uma filosofia semelhante à do clube catalão.

Quem já leu “A bola não entra por acaso” escrito por Ferran Soriano, aprendeu como a diretoria que assumiu os culés em 2003 transformou um clube que estava a seis anos sem títulos, e devedor de mais de 70 milhões de Euros, em uma máquina de ganhar dinheiro e títulos.

O “A bola não entra por acaso” é uma leitura obrigatória para quem quer entender o básico de uma administração eficiente de um clube de futebol. Incluo também “Soccernomics” escrito por Simon Kupfer e Stefan Szymanski, “A Dança dos deuses” escrito por Hilário Franco Júnior, “With Clough by Taylor” escrito por Peter Taylor, assistente de Brian Clough (cuja trajetória é retratada em parte no filme Maldito Futebol Clube), sem tradução no Brasil, e “Moneyball” escrito por Michael Lewis. O último é focado em beisebol, mas as regras podem ser aplicadas no futebol facilmente.

PS: Dúvido que metade dos dirigentes de futebol de hoje, ao menos SAIBAM da existência desses livros. E eu, que nem trabalho no meio, já lí todos pelo menos duas vezes.

Portanto, não há exemplo melhor para seguir.

É claro, estamos falando de uma “filosofia”. O Vasco não vai melhorar da noite para o dia porque vai imitar o Barcelona. É um trabalho a longo prazo, que vem desde as categorias de base, até chegar no time titular. Um jogador demora em média 12 anos para se formar em um clube, desde o fraldinha até o profissional. Mas se as categorias imediatamente anteriores ao profissional pelo menos trabalhem com o único propósito de formar atletas para o time principal, já é um começo.

No Barcelona os jovens, além de aprenderem a jogar bola, aprendem a jogar à maneira do Barcelona. São estudados jogos inteiros, e cada atleta precisa aprender a se comportar como um jogador que já integra a equipe principal. Ou seja, um joven centro campista assite a um replay de uma partida inteira assitindo a maneira de jogar do Cesc Fábregas dentro da tática do Barcelona.

E a tática do Vasco, qual é?

Hoje, podemos dizer que o Vasco joga de maneira muito semelhante, senão igual, à maneira que jogava na primeira passagem do Ricardo Gomes. É claro, os desfalques criados nesse período atrapalham.

É nessa hora de dificuldades financeiras, de cinto apertado, que a categoria de base pode fazer a diferença, e o Vasco vai se arrepender de ter deixado a base largada por tantos anos. Com falta de atletas de ponta, o espaço no plantel existe, mas não há um garoto que seja, capaz de vestir a camisa e assumir a posição.

Marlone, John Cley, Luan Teixeira, Romário…são todos jovens talentosos, principalmente o primeiro, mas não vão resolver o problema do Vasco. Pelo menos não em 2013. Quem sabe um deles se torne um titular futuramente… mas não agora, com certeza.

A categoria de base é o bem mais importante de um clube de futebol. É o sustento do time, o futuro do clube. O clube hoje é o reflexo do investimento na base a dez anos atrás, e o descaso do Vasco com a base é antigo.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Feliz natal!

 

Nesta véspera de natal, esperava notícias melhores para nós, vascaínos,mas a pindaíba continua.

Conhecemos a situação do clube. De fato, estamos cansados de saber. Em 2013, o orçamento do clube será de apenas R$ 60 milhões. E não estamos falando do departamento de futebol, mas do clube como todo; do açúcar pro cafézinho do dinamite, até o salário de Felipe, caso este continue.

E esse é o assunto principal; Felipe.

Após perder Juninho, Fernando Prass, Nílton, Alecsandro, sem contar nos dispensados, vendidos e etc, o ídolo da camisa seis seria peça fundamental para manter o grupo unido, focado..liderar o grupo.

Mas nós sabemos que o Felipe não é esse tipo de pessoa. O Felipe não é agregador, é desagregador. E tudo bem, algumas pessoas têm esse espírito de união, de trabalhar duro diante das dificuldades, de buscar o melhor coletivo, e outras não. O Felipe não é obrigado a liderar porra nenhuma, além da casa dele, mas não precisava, num momento como esse, dar a entrevista que deu.

Isso pega mal para o Vasco, que parece uma casa de puta sem cafetão aonde funcionário pode cuspir no nome da instituição, e pega mal para o Felipe, que fica mal visto. Dá a brecha para se dizer tudo isso que eu disse dele.

Apesar disso, temos que saber separar as coisas; em primeiro lugar, “ídolo” tem que ser nossos pais e nossas mães, que nos puseram nesse mundo, não jogador de futebol. Nenhum deles.

Em segundo lugar, o Felipe é um grande jogador, e o vasco precisa de grandes jogadores, ( desde que joguem bem) e invariavelmente esses grandes jogadores recebem grandes salários, com grandes multas, e o René Simões, apesar de contar com grande admiração minha, deu um tiro no pé ao afastar Felipe com a boca.

O Vasco não tem cacife para mandar ninguém embora hoje. Diabos, o vasco não tem como pagar quatro mil reais pra um micro empresário que vendeu o material para cobrir o banco de reservas de Itaguaí, imaginem cinco milhões para rescindir contrato de Felipe! Portanto, se a diretoria acha mesmo que o Felipe é um atleta prescindível neste momento, deveria manter o assunto debaixo do pano e tentar vender o passe do atleta, ou trocá-lo por outro.

Da maneira que foi feita, o Felipe fica de má vontade com René ( aliás, ele foi muito deselegante ao criticar sua contratação) e o René com ele. Assim ninguém ajuda o Vasco, e o Vasco precisa de ajuda. Foi um erro de todos, que numa merda federal como a que passamos, pode ter ajudado a piorá-la ainda mais.

Mesmo que o Felipe seja negociado, agora todo mundo sabe que ele está em maus lencóis com a diretoria, e quando você quer vender um carro por exemplo, você não diz que ele bebe muito, é desconfortável e o seguro custa caro, mas que ele é um “filé”.

O melhor que poderia acontecer, era o Felipe aproveitar o clima do natal e se desculpar com o René e vice-versa, para o bem do Vasco.

Até o momento, René vem fazendo um bom trabalho no que diz respeito a montagem do elenco. Quer dizer, ele não tem culpa pela saída de Fernando, nem de Nílton, nem mesmo Alecsandro. Cada um teve suas razões para procurar outro clube, mas pelo menos o Vasco vem buscando uma contrapartida justa em cada uma dessas negociações.

Felipe Soutto e Leonardo por Alecsandro não é uma troca “chave a chave” ( e desculpem por mais uma referência automobilística) mas é justa. Se troca um atacante contestado que têm reserva no clube, e se trás um volante, posição que ficou carente, e outro atacante para o elenco.

Podemos dizer a mesma coisa da troca de Nílton por Pedro Ken e Sandro Silva. Nenhum dos dois são jogadores fantásticos, mas justiça seja feita, tampouco Nílton. Sandro se destacou no Inter mas não fez boa temporada no Cruzeiro, Pedro Ken se destacou no Coxa, mas não vingou no Cruzeiro, sendo emprestado pro Avaí, aonde acabou rebaixado. Mas este ano fez grande temporada no Vitória.

Além disso Zé love, Michel Alves, Elsinho e Thiaguinho já estão certos, assim como a volta de Bernardo. Boas contratações, cada uma por um motivo.

Bernardo e Zé love dispensam comentários, Michel Alves fez boa temporada no Criciúma e já defendeu clubes grandes, e Elsinho e Thiaguinho são apostas que podem ou não vingar.

Vale a pena lembrar que de Fágner em Julho a Nílton semana passada, o Vasco já perdeu em 2012 onze jogadores, portanto além de qualidade, o Vasco está precisando de quantidade.

No campo da especulação se fala no nome de Neto Berola em troca de Éder Luís, o que evitaria um pagamento pendente ao Benfica. Maikon Leite, Juninho e Luan também são especulados e no caso do último, seria bom reforço.

O trabalho é difícil, mas o Vasco ainda é, e sempre será uma grande marca, que demanda um grande respeito, e dentro de condições normais, qualquer jogador vestirá essa camisa. A diretoria precisa ter criatividade e perder alguns preconceitos na hora de buscar reforços, buscando jogadores esforçados, com gana de vestir essa camisa, e claro, de qualidade.

Neste dia 24, véspera do feriado mais importante da fé cristã, eu faço votos que todos vocês tenham um Natal de muita paz, saúde e amor no coração. De que todos nós, católicos ou não, nos lembremos o que esse feriado comemora e o que ele prega, que é muito mais que trocar presentes e se epanzinar de comida, é sobre o amor ao próximo, a união, e a generosidade. Sentimentos que se fossem compartilhados mais de uma vez ao ano, fariam desse mundo um lugar melhor.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

o lado escuro da lua

 

Olá amigos.

Estas semanas de fim de ano tem sido terríveis para os vascaínos. Todos os dias, acesso os sites de notícias esportivas com medo de que eu vá encontrar, afinal, cada dia um atleta deixa o Vasco.

Fernando Prass e Nilton, titulares, buscaram sua liberdade para negociar com outros clubes na justiça.

Auremir teve de ser devolvido ao Náutico por falta de pagamento (!), e Jonas pode tomar o mesmo caminho. Não que esse faça falta.

Mas, Juninho, esse sim, foi difícil de ver partir.

Não temos que concordar ou discordar de nada que esses atletas fizeram. Eles tomaram o caminho que pensaram ser melhor para suas vidas e carreiras. Caminhos estes que só surgiram graças à bagunça que é o Vasco, aonde até mesmo um micro empresário deixa de receber quatro mil reais do clube. Quatro mil reais! O que é isso para um time de futebol??

Mas não pára por aí:

Alecsandro foi negociado com o galo, em troca do volante Filipe Souto que foi reserva o campeonato inteiro, e o atacante Leonardo, o qual nem sei quem é. Novamente, o Vasco perde um jogador titular e não substituiu à altura.

Inclusive o novo goleiro, Michel Alves, que foi confirmado por René Simões hoje,não é da altura do Vasco.

E o time só enfraquece…

Como sempre, não vou falar sobre especulações, mas para quem quer saber, os nomes de Zé Love e Willians circulam. Novamente, dois jogadores aquém do tamanho do Vasco.

O mesmo não posso falar de Dátolo e nei, do Inter.

Porém, vamos esperar. Até 2013 muita coisa boa, e ruim, pode acontecer ao Vasco.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Deu merda!

 

Pois é.

8 dias após o último jogo do campeonato, altura que um clube estruturado já teria um planejamento para o próximo ano, o Vasco perde um de seus principais jogadores.

Fernando Prass se reuniu com a diretoria e acertou sua recisão amigável com o clube, colocando um jogador titular de graça no mercado.

Por “recisão amigável” leia-se: O clube libera o jogador de graça, porque está devendo uma grana preta a ele.

Oito dias.

Enquanto tem gente inaugurando estádio, contratando, acertando patrocínio e até mesmo disputando mundial, o Vasco, além de não apresentar UM ÚNICO REFORÇO para um time debilitado, ainda por cima perde jogador titular com quem tinha contrato por mais dois anos.

E o problema maior é:

Não que o Fernando Prass fosse um goleiro de seleção…

…mas era um dos melhores do Brasil, com certeza.

Atrás de Jéfferson,Cavalieri,Vitor e Fábio ( não o Fábio de 2012), Fernando podia ser incluído na lista dos melhores do Brasil.

E alguém duvida que o presidente, chegado a uma solução caseira, não vai contratar ninguém para seu lugar?

O pessoal do Vasco é assim, perde um grande profissional, e acha que o substituto está lá mesmo,que o Vasco está repleto dos melhores no que fazem.

Goleiro é a pior posição para contratar.

Boa sorte ao Alessandro, que certamente vai herdar a camisa 1, e conhecer a pressão da torcida do Vasco.

domingo, 2 de dezembro de 2012

[Brasileirão] Vasco 2 x 1 Unimed

 

Acabou o milho, acabou a pipoca…

As cortinas se fecharam para o brasileirão desse ano, e o Éder Luís escolheu o último jogo para ser seu melhor da temporada.

Mas, para quem não assistiu o jogo, não se enganem; foi um sufoco desgraçado!

No primeiro tempo, só deu Fluminense. Tanto que o próprio Chico Bento, em entrevista à televisão, admitiu, que se o Vasco saísse de lá com o 0 a 0, estava “bom”.

Perdoemos seu conhecimento do interior, que não sabe que um clube grande como o Vasco, não pode se contentar com nada além de uma vitória sobre um time pequeno, como o Fluminense.

Mas o time da Unimed ( não confundir com o Fluminense Football Club) estava melhor, realmente. E apesar de toda sua superioridade, foi o Vasco que saiu na frente.

A camisa joga sozinha. Prova disso, é que em um lance bizarro, o atacante tricolor, cujo nome… eu não me importo, driblou o zagueiro, driblou o goleiro Alessandro, e quando chutou no gol, a camisa do Douglas o levou direto para onde a pelota ia passar.

Mas, Chico Bento estava inspirado…em outro lance de bola longa pela direita, ele invadiu a área, driblou…outro tricolete cujo nome não me interessa, e cutucou no gol.

É a volta dos que não foram !

Nem mesmo o pênalti cometido por Douglas, que tentou compensar o gol que salvou, foi suficiente para o Fluminense. 2 a 1 Vasco.

O resultado desse jogo é o seguinte: Com a quinta colocação, deixamos o Flamengo como o pior do Rio, garantimos a entrada da Copa do Brasil duas rodadas mais tarde, e ainde garantimos uma premiação em dinheiro da CBF.

Agora,oficialmente podemos parar de falar dos jogos, e ficar na espectativa sobre o que acontece fora das quatro linhas.

É claro, nesse período entre uma temporada e outra, o que mais se houve, são especulações. Nissan, Nike, Cristiano Koehler, René Simões… tudo isso é muito bom, mas precisa sair do campo na especulação e ir pro papel.

E no caso da Nike, eu espero que saia.

Semana passada eu estive em uma loja comprando um tênis, e fui ver o preço das camisas; A do Vasco é a mais cara!!!!!

Como pode a Penalty, que faz um material bem comum, nacional, vender uma camisa mais cara que Nike, Adidas e Puma, multinacionais com qualidade reconhecida? 

Que saudades da Kappa!

FICHA TÉCNICA

FLUMINENSE 1 X 2 VASCO

Estádio: Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Data/Hora: 2/12/2012 - 17h (de Brasília)

Árbitro: Grazianni Maciel Rocha (RJ)
Auxiliares: Lilian da Silva Fernandes Bruno (RJ) e Ediney Guerreiro Mascarenhas (RJ)

Renda/Público: R$ 195.940,00 / 5.470 pagantes

Cartões amarelos: Carleto (FLU) e Abuda, Renato Silva, Auremir, Douglas (VAS)

GOLS: Eder Luis 26'/2ºT (0-1), Eder Luis 35'/2ºT (0-2) e Carleto 40'/2ºT (1-2)

FLUMINENSE: Ricardo Berna, Bruno (Igor Julião 16/2ºT), Digão, Elivélton e Carleto; Valencia, Diguinho, Fábio Braga (Michael, aos 27'/2ºT) e Higor (Biro Biro 33'/2ºT); Marcos Júnior e Samuel. Técnico: Abel Braga.

VASCO: Alessandro, Auremir, Douglas, Renato Silva e Thiago Feltri (Fabrício 10'/2ºT); Abuda, Max, Jhon Cley (Renato Auguso 27'/2ºT) e Marlone (Dakson 20'/2ºT); Eder Luis e Romário. Técnico: Gaúcho.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Menos dois, três…

 

A política de caça aos vida mansas do Vasco continua;

Após confirmarmos a saída de Eduardo Costa, Diego Rosa e Rodolfo também tiveram suas carreiras no Vasco encerradas hoje.

O último, inclusive, soube reclamar bastante dos salários, que não jogava e tudo mais. E agora que treinou a semana toda para encarar o Fluminense no time titular, resolveu acertar sua saída.

Ou seja, o que ele queria era aquela vida mansa, de treino, folga, um tempo no DM, e cash no fim do mês. A grana já anda faltando, e ainda por cima querem que ele jogue?! Não, essa foi a gota d´água por Rodolfo…

É muito engraçada essa raça de jogador de futebol… o cara passa um ano fazendo merda no Vasco, envergonhando essa camisa, mais tempo no departamento médico do que calçando chuteiras, e agora no finalzinho, quando fica sabendo que ia ser escalado, corre pra acertar sua saída!

Como eu queria ter recebido a habilidade pra jogar bola!

Parabéns ao Vasco, que em uma semana se livrou de três bombas!