Frustração.
Como todo Vascaíno, acho que hoje, o jogo marcou o ponto baixo da passagem de PC no Vasco.
Estranhamente, resultado por resultado, o do jogo contra o patético-MG foi bem pior, mas o sentimento era de que o Vasco não poderia fazer pior que aquilo, e fez.
Jogando melhor, em cima, e saindo na frente em casa, o Vasco mais uma vez dormiu e deixou o adversário buscar o resultado dentro de nossa casa, e o pior, era que o Vasco teve TUDO para tirar o pé da lama!
Diferente do jogo passado o time procurou sufocar o adversário, e embora esbarrasse na falta de criatividade da armação, era visível uma melhora, o gol sairia a qualquer momento. Demorou mas ele saiu, justo pela cabeça de Ramon, olhem como faz a diferença.
E poderia ter saído o segundo se Rafael Coelho não desperdiçasse um pênalti sofrido por ele mesmo, cobrado medonhamente.
Aqui cabe uma observação: Rafael não fazia bom jogo, até compreensível devido ao grande período fora de atividade, mas sua decisão de cobrar a penalidade ( e a permissão de Zé Roberto, quem deveria ter cobrado) e pior, sua arrogância ao ser entrevistado no intervalo, dizendo que em 2009 também perdeu pênaltis e foi artilheiro do campeonato, acabaram com o resto de paciência que eu tinha com ele.Ele foi UM dos artilheiros, ao lado de Élton. Quem sabe se ele NÃO tivesse perdido pênaltis, não haveria sido O artilheiro?
O segundo tempo começou como foi o primeiro, e o Vasco ia para cima, mas era notável a falta de poder de fogo no ataque, que teve a entrada do garoto sassarica, Jonathan.
Para piorar, Ramon como era esperado, foi substituído por Jumar, e novamente o Vasco virou um time manco, que ataca por um lado só.
MAS, o time cruzmaltino ainda era muito superior, e o Avaí se limitava a contra-atacar, levou perigo uma ou outra vez, contudo o jogo estava muito mais para sair o segundo do Vasco do que qualquer outra coisa, porém, sabe aquela estória “quem não faz leva”?
Foi assim denovo. Embora o Vasco tivesse um jogador a mais em campo, não parecia. Antônio Lopes simplesmente deu um nó no time de PC com duas substituições, e aos 27 minutos Rafael Carioca errou (provavelmente o único) passe na defesa e deu praticamente o gol para o Avaí, já que o time estava saindo para o ataque.
Curioso é que na hora, eu estava elogiando a atuação de Fellipe e de Carioca.
A partir daí o Vasco se perdeu, e vimos onze bobos tentando marcar, mas sem saber o que fazer com a bola. É impressionante como o ataque do Vasco NÃO chuta!
Nos minutos finais, o Vasco teve pelo menos três chances de chutar com perigo no gol, mas Jonathan, Zé Roberto e Fágner ou cruzaram ou tentaram o drible ou tocaram.
É a tal falta de homem-gol, e eu vou tocar na ferida outra vez, porque quando eu estou certo, eu gosto mesmo de jogar na cara:
Cadê os caras que diziam que Élton não faria falta ao Vasco?
Não, Élton não é nenhum craque e nem a solução de todos os problemas, mas certamente é melhor que Nunes e Rafael Coelho juntos.
Zé boteco ( Zé Roberto) e Tiririca (Éder Luís) bem que se esforçam, mas não sabem concluir em gol, e muito menos Jonathan.
À esta altura, mesmo com a volta de Carlos Alberto, não sei o quanto o time iria progredir neste quesito, uma vez que embora em campo se sobressaia aos demais, nem ele é grande finalizador.
Uma coisa é certa: o que o Vasco mais precisa é parar de cometer erros infantis. Precisa ser melhor o tempo todo, e não se desligar no fim. Precisa de atitude de vencedor, coisa que está faltando.
E precisa disso tudo, se arrumando com o que têm, já que obviamente reforços não virão, portanto, os jogadores ao invés de sair correndo de campo para o vestiário, deveriam escutar a torcida.
O Vasco hoje é um time sem-vergonha mesmo, bonitinho mas ordinário.
Talvez seja melhor passar três rodadas longe, para sentirem falta da sua casa e sua torcida que sempre apóia, e que também têm o direito de cobrar, já que ninguém está vestindo um nariz redondo e vermelho.
E aqui vai outra colocação pessoal: O meu querido amigo Léo, um dos freqüentadores mais assíduos do “Palavra” comentou num post anterior que era por isso que a torcida não comparece.
Eu entendo o que ele quis dizer, ainda mais num momento como esse, mas pergunto: O que veio primeiro; o Ovo ou a Galinha?
E o galo, que briga contra o rebaixamento e têm média melhor que a nossa?
Não é desabafo não, ingresso custa caro, R$ 30.00 uma arquibancada no Vasco, e sinceramente não sei os preços praticados pelos nove times com média melhor, mas que os fatos estão aí estão…
O JOGO
O jogo começou com o Vasco partindo para cima e o Avaí apostando nos contra-ataques. Antônio Lopes decidiu povoar o meio de campo para dificultar as ações cruzmaltinas. O Delegado colocou cinco homens no setor e Sávio ainda recuava para ajudar na marcação. Mesmo assim, a equipe da casa conseguia dominar as ações, mas esbarrava em sua própria ansiedade.
O Vasco errava várias vezes no último passe, irritando o técnico PC Gusmão que gritava muito para orientar o time. Aliás, o técnico cruzmaltino e Antônio Lopes travaram um verdadeiro duelo nesse quesito. E o comandante avaiano deve ter ficado quase rouco ao ver o seu time desperdiçar uma chance clara, aos 18. Em contra-ataque, Patric levou a bola pela direita. O jogador tinha Sávio livre pela esquerda, mas passou fraco e deixou Dedé cortar. O zagueiro foi muito aplaudido pela torcida.
Mas quem mereceu mesmo aplausos foi Ramon. Voltando depois de longo tempo de inatividade, o jogador demonstrou muita desenvoltura em campo. Tanta, que marcou um gol digno de um verdadeiro centroavante. Aos 24, Eder Luis fez bonita jogada pela esquerda e cruzou na cabeça do lateral que, com categoria, mandou para o fundo do gol. Festa na Colina. E muita emoção de Ramon, que disse durante a semana que gostaria de voltar atuando bem.
E Ramon continuou jogando bem. Três minutos depois de fazer o gol, o lateral fez um lançamento sensacional para Fagner. Da defesa, o baixinho enxergou o seu colega na ponta-direita. O lateral-direito não fez por menos. Matou a bola e cruzou para a pequena área. Rafael Coelho pulou para cabecear, mas foi derrubado por Emerson. Pênalti para o Vasco. O próprio atacante, que estava apagado em campo, cobrou. E perdeu. Com um chute inacreditavelmente fraco, o jogador deu a chance para Renan defender.
O lance acordou o Avaí. O time catarinense passou a correr mais em campo e dominar as ações do meio-campo, se aproveitando das desatenções do setor defensivo do Vasco, que acabava fazendo muitas faltas perto da área para se recuperar. Em uma delas, Leandro Bonfim carimbou o travessão. O time catarinense ainda teve outras duas boas chances. Patric chegou a tirar tinta da trave, após cruzamento de Davi. Por sua vez, Sávio foi travado por Ramon na hora de finalizar dentro da área.
Um triste fato marcou a primeira etapa. Aos 32, Felipe Bastos cobrou uma falta com força e o goleiro Renan deu rebote. Rafael Coelho correu para chegar rápido na bola, mas o arqueiro se recuperou. Ao ver que tinha perdido o lance, o atacante vascaíno deixou o pé, acertando o jogador do Avaí. Isso bastou para que a confusão se instalasse em campo. Vários atletas do time visitante vieram em defesa do companheiro. Depois de muita discussão, Marcinho Guerreiro e Ramon foram advertidos com o amarelo.
Por questões físicas, já que os dois jogadores voltam de lesão, PC Gusmão fez mexidas para o segundo tempo. Ramon deu lugar a Jumar e Rafael Coelho saiu para entrar Jonathan. Com isso, o Vasco passou a apostar mais nas investidas pela direita, com Fagner, que estava bem em campo. Jumar ficava mais atrás para compor a defesa.
As mudanças deixaram o Vasco mais leve no ataque. Jonathan se movimentava muito e confundia a marcação adversária. E ainda contava com a ajuda de Fellipe Bastos, que agora avançava mais. O volante, aos 12, recebeu passe açucarado de Eder Luis e mandou uma bomba. Renan fez bonita defesa. O goleiro ainda levou um susto dois minutos depois, quando Zé Roberto recebeu passe de Jonathan e chutou muito perto do gol.
Vendo que as mudanças do Vasco surtiram efeito, Antônio Lopes resolveu responder. O treinador do Avaí tirou Davi e o inoperante Sávio para as entradas de Caio e Laércio. E as mudanças surtiram efeito imediato. Assim que entrou, Laércio deixou Rafael Costa livre na área. O atacante encheu o pé, mas Fernando Prass fez uma defesa sensacional.
A aparente reação do Avaí poderia ter parado por aí. Isso porque Emerson fez uma falta boba perto da área e recebeu o segundo amarelo, deixando seu time com menos um em campo. Mas o Avaí foi guerreiro. E partiu para o ataque para buscar pelo menos um ponto.
Rafael Costa fez boa jogada, aos 27, e chutou forte dentro da área. Fernando Prass fez mais uma bonita defesa. Mas o goleiro não conseguiu parar o lance seguinte. Leandro Bonfim lançou Laércio, que bateu para o fundo do gol. A torcida ficou congelada. E até o placar eletrônico, que demorou alguns minutos para anotar o gol do Avaí, parecia não acreditar que, com mais um, o Vasco levará um gol e estaria prestes a empatar mais uma partida em casa.
Mas foi o que aconteceu. O Vasco ainda tentou pressionar, mas errou muito nas finalizações. O time deixou o campo debaixo de gritos de "time sem vergonha" e de muitas vaias.
FICHA TÉCNICA
VASCO 1 x 1 AVAÍ
Estádio: São Januário, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Sandro Meira Ricci (DF)
Renda/público: R$ 102.550 / 4.586 pagantes
Cartões amarelos: Titi, Ramon, Jumar (VAS); Gabriel, Davi, Emerson, Marcinho Guerreiro (AVA)
Cartão vermelho: Emerson, 20'/2ºT (AVA)
GOLS: Ramon, 24'/1ºT (1-0); Caio, 29'/2ºT (1-1);
VASCO: Fernando Prass, Fagner, Dedé, Titi e Ramon (Jumar - Intervalo); Rafael Carioca, Nilton, Fellipe Bastos (Jefferson Silva - 31'/2ºT) e Zé Roberto; Éder Luís e Rafael Coelho (Jonathan - Intervalo). Técnico: Paulo César Gusmão
AVAÍ: Renan; Gabriel, Emerson e Rafael; Patric, Marcinho Guerreiro, Diogo Orlando, Leandro Bonfim, Davi (Caio - 15'/2ºT) e Sávio (Laércio - 15'/2ºT); Vandinho (Rafael Costa - 35'/1ºT). Técnico: Antônio Lopes
ESTATÍSTICAS
Estatísticas de Vasco 1x1 Avaí
Estatísticas de Vasco 1x1 Avaí
Estatísticas de Vasco 1x1 Avaí
Fonte: GloboEsporte.com (texto) Youtube (vídeo), O Globo online (ficha), UOL( estatísticas).
Saudações…/+/…