Pra começo de conversa, vamos manter a verdade acima de qualquer coisa: não foi uma grande exibição do Vasco. Apesar do resultado ter sido excelente, e de termos ganhado uma posição na tabela, temos que reconhecer que a expectativa criada por enfrentar o lanterna do campeonato na nossa casa, aonde ainda não fomos batidos, nos fazia supor que seria uma vitória fácil, com direito a espetáculo. Não foi bem isso que aconteceu...
Analisando individualmente a equipe temos muito pouco à elogiar. Jogadores como Conca e Wagner Diniz, que vinham se destacando jogo após jogo (principalmente em São Januário), não estavam em um dia inspirado. O argentino até se esforçou bastante, correndo muito no primeiro tempo e levando perigo nos cruzamentos de bola parada, mas não foi muito além disso. Talvez por conta da disposição dispensada na primeira etapa, Conca não teve pique pra manter o ritmo durante os 90 minutos, e pouco foi notado na segunda etapa. Para não dizer que não fez nada, roubou uma bola no ataque que gerou uma boa oportunidade de finalização, mas o passe não chegou e a atuação do "hermano" ficou por isso mesmo.
Uma boa nota individual foi a bela atuação do zagueiro Vilson. O garoto jogou sério e de maneira segura, antecipando bem as jogadas e dando chutão sem pudor quando era necessário. Nesse esquema de 3 zagueiros do Vasco, onde um sobe ao ataque com frequência (o Jorge Luís ontem parecia um ponta-esquerda!), e o outro (Júlio Santos) é técnico, porém lento, tem que ter alguém que faça o simples. Nesse aspecto, Vilson ontem foi quase perfeito, e muito por conta disso, o Vasco quase não foi ameaçado na sua meta.
É claro que não podemos deixar de reservar um bom espaço pra falar do melhor jogador em campo. Leandro Amaral esteve num dia brilhante. Apesar da pouca criatividade do time, o centroavante participou muito do jogo. Mesmo errando alguns passes no início, foi sempre o mais perigoso do Vasco. O primeiro gol mostra bem isso: foi num chute de fora da área seu que nasceu o pênalti sofrido por Enílton, e convertido pelo próprio Leandro. No segundo gol, mostrou garra e faro de gol no melhor estilo Romário, ao acreditar na falha do zagueiro do América e finalizar com frieza de matador.
Leandro Amaral é a personificação do momento do Vasco. Assim como o time, Leandro venceu a desconfiança pra voltar a ser o grande jogador que apareceu na Portuguesa de Desportos como promessa de craque há 10 anos atrás. Hoje Leandro é ídolo de uma das maiores torcidas do Brasil e merece cada uma das homenagens. Apesar de ter sua venda especulada na semana passada (para o Bétis, da Espanha), o atacante provou que manteve o foco no Vasco e na competição. A diretoria parece ter entendido que a importância de Leandro para o time vai além das quatro linhas, e banca a sua permanência na Colina. A torcida agradece! Leandro Amaral faz bem à auto-estima vascaína.
A rodada, mais uma vez, foi generosa conosco. Não fosse pela "entregada" do Fluminense diante do Cruzeiro, o Vasco hoje seria o segundo no campeonato, com 1 jogo a menos que o líder São Paulo. No fim de semana que vem, em caso de vitória contra o Sport na Ilha do Retiro, temos tudo para abrir uma vantagem em relação à "turma" da Libertadores. Cruzeiro, Grêmio, Botafogo, Palmeiras, Santos e Goiás também jogarão fora de casa, e provavelmente vão perder alguns pontos. A partida contra o Sport não vai ser fácil, longe disso. Mas analisando friamente os 2 times, temos que concordar que o do Vasco é bem superior e a vitória não seria nenhuma surpresa.
E a invencibilidade do blog permanece...
Saudações
Um comentário:
O pó de arroz não serve pra nada. Ferra o Vascão e o Botafogo e perde para o Urubu. Obra do Renato Gaucho
abs
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