Pela porta da frente

Eu, nunca escondi meu desgosto com o futebol de Fernando Fumagalli.

É bem verdade que, quando o Vasco lhe contratou acreditei ser uma bela aquisição; Jogador que vivia aparecendo fazendo gols e belos passes pelo Sport-PE. Cheguei a dizer que era a chance que Fumagalli precisava para estourar,apesar de já não ser nenhum garoto.

Mas, como no futebol nada é certo, desde seu primeiro jogo, contra o Guarani em Setembro de 2009 Fumagalli não convenceu. Sua média de notas é a prova disso: 5.4

Fora alguns míseros momentos de bom futebol, Fumagalli sempre foi na colina jogador lento, pouco criativo e ineficiente no que é sua proposta; armação. Por isso sempre foi reserva.

Porém, posso destacar duas qualidades nele; Profissional e Íntegro.

Ao contrários de muitos jogadores que preferem disparar contra o ex clube ou treinador numa tentativa de mascarar a sua própria incapacidade, Fumagalli saiu do Vasco pela porta da frente; Foi procurar um clube onde pudesse ser útil e ganhar mais alguns anos de futebol, sem frescuras, sem disse-me-disse, e sem mágoas.

Acho que, ninguém precisa procurar desculpas quando sai de um time. Como na vida “normal” é perfeitamente comum um profissional encontrar um lugar que desenvolva seu trabalho melhor que em outros. O próprio Conca lembrou a alguns dias da sua passagem pelo Vasco, onde ainda não era o jogador que é hoje, e que amargou a reserva com Celso Roth.

Bom, primeiro que Sexy Roth é um merda. Segundo, eu entendo muito bem as dificuldades que ele teve que enfrentar aqui; recém-chegado do Chile, encontrando um futebol e uma cultura diferente, num elenco ruim e com uma grande pressão nas costas.

Três anos se passaram, e Dario está completamente adaptado ao país e ao futebol, num grande elenco que embora precise dele, não depende, e sem os holofotes em cima. Pelo menos até agora.

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Mas voltando a falar de Vasco:

Todos os dias é falado que o Vasco está “Falido”. Que o clube não pode fazer grandes investimentos por causas que estamos carecas de saber.

Será tão difícil assim contratar jogadores para atuar num dos três maiores clubes do Brasil? Quer vitrine maior que o Vasco? Que jogador não quer atuar no Vasco?

Acho que o competente Rodrigo Caetano precisa fazer duas coisas;

A primeira é parar de falar que o Vasco está fudido e mal pago. Pega mal, muito mal. Não são essas as palavras, mas, trocando em miúdos, entende-se assim, e EU se fosse jogador não iria querer atuar num clube onde o diretor de futebol diz para quem quiser ouvir que não têm dinheiro.

Ninguém têm dinheiro! Nenhum clube do Brasil é rico! Nem São Paulo, Nem Corinthians, nem Fluminense, nem Cruzeiro…

O que eles têm, é PATROCÍNIO, PARCEIROS, coisa que no Vasco inexiste.

Os grandes jogadores do Fluminense, são pagos pela Unimed.

Os medalhões do Corinthians são bancados por megapatrocínios e uma camisa que parece a página de classificados do Globo.

E por aí vai, então eu pergunto: Eletrobrás é o melhor que o Vasco pode conseguir? Cadê o patrocínio nas costas, nos shorts? Será que o Vasco não têm mercado, é isso?

(lógico, que isso não é a área dele, mas sim do Depto. de Marketing do Vasco através de Marcos Blanco)

O Vasco precisa de parcerias, simples assim. Parcerias que possibilitem o clube de maior história do País correr atrás de igual para igual com os outros.

Além disso, Caetano precisa saber aonde investir. Ao invés de pagar salários para meia dúzia de jogadores atuarem por outros clubes, e para outros sanguessugas que existem no elenco, direcionar esta verba para o que o Vasco REALMENTE precisa; Um atacante e um zagueiro.

Gol? dois bons goleiros, sendo Tiago até uma extravagância na reserva.

Laterais? Está bem, nas duas.

Volantes? com a saída de Carioca abre-se uma vaga, que pode muito bem ser preenchida pelo Léo Gago, atleta que já pertence ao clube e está emprestado.

Meio? Desde que não haja contusões como neste ano, também não precisa-se de mais.

Ataque é a grande necessidade do Vasco: nenhum dos que estão lá servem.

E zaga, embora tenhamos o melhor zagueiro do campeonato, falta-lhe um companheiro.

Só isso. Três contratações, seria pedir demais?

Eu não quero “medalhões”, quero jogador que chegue e resolva, nem sempre medalhão resolve, e quase nunca desconhecidos resolvem, mas em um mercado como o Brasileiro, dizer que não há alternativas disponíveis é sacanagem, o Brasil é só o maior exportador de jogadores do planeta…