sábado, 3 de julho de 2010

Pra casa agora eu vou ( ó, pá!)

Chega de dar pitacos sobre a seleção canarinho, agora volto minha ira à seleção lusitana, nosso segundo time.

 

Carlos Queiroz conseguiu perder tudo que Felipão o deixou na seleção. Um time em franca ascensão, contando com diversos jogadores de qualidade indiscutível e que, finalmente, contava com o apoio no país no cenário internacional. Faltava naquele time o hábito de vencer que Felipão não teve a chance de implementar em apenas quatro anos. Queiroz, Moçambicano de nascimento e bi-campeão mundial sub-20 em 89 e 90 com Portugal foi seu sucessor.

Queiroz é reconhecidamente um estudioso no futebol, treinou a seleção da África do Sul e dos Emirados Árabes Unidos, além do Real Madrid na época 2003/2004, porém não conta com um título sequer em seu currículo profissional, exceto uma Taça de Portugal na época 94/95 com o Sporting de Luís Figo.

Contudo, nunca foi aplaudido no cargo da seleção, e os motivos são simples: Passou sufoco para classificar Portugal para copa 2010, perdeu para o Brasil por 6-2 como nos lembramos bem, não conseguiu fazer uma renovação no elenco nacional, e principalmente na copa, praticou de um futebol desinteressado e apático, irreconhecivelmente defensivo para os jogadores acostumados por Felipão à atacar. Cortou um de seus principais jogadores, Nani por indisciplina e ainda alegou que este se machucou. Não contava que este ao desembarcar em Lisboa andasse lépido e faceiro.

Queiroz não teve coerência em sua convocações e nem nas suas escalações, testou demasiados jogadores em demasiadas posições, mesmo aquelas que já possuíam donos absolutos. Nesta copa, escalou Ricardo Costa, um zagueiro brucutu na lateral direita deixando dois laterais de ofício no banco, Miguel do Valência e Paulo Ferreira do Chelsea. Inventou Pepe na cabeça de área preterindo Miguel Veloso, alvo do Real Madrid e esqueceu João Moutinho, craque do Sporting da lista de convocados. Uma espécie de Dunga lusitano. Insistiu num esquema de um único atacante, ora o grande e lento Hugo Almeida que mais faria acompanhado de um ponta para servi-lo, ora Cristiano Ronaldo nítido ponta direita,capitão, craque e esperança do time, que sobrecarregado de funções, não rendeu o esperado do ex número um do mundo. No jogo de despedida contra a Espanha, uma espécie de Brasil-Argentina da península Ibérica, mesmo perdendo e sendo desclassificado aos trinta minutos do segundo tempo, mantinha o time com um atacante.

Zé Castro, zagueiro do Atlético de Madrid fez parte da seleção até os 45 do segundo tempo, mas esquecido na lista final.Quando Nani se “machucou” no entanto, foi novamente esquecido para a entrada do limitado Rubén Amorim no plantel de 23. Mais um exemplo de incoerência.

Ricardo Quaresma, Carlos Martins, Hélder postiga,Moutinho, Maniche, todos foram esquecidos por Carlos, que convocou o inclassificável Duda, meio campo do Sevilla como lateral esquerdo, piada de português.

Que se faça justiça: Eduardo, arqueiro do S.C Braga, e Fábio Coentrão, mais conhecido como Figo das Caixinas ou Cabelo Massa, lateral do Benfica, surpreenderam e são possivelmente seu único legado no selecionado português.

Queiroz diferente de Dunga, não jogou a toalha ao desembarcar em terras lusitanas, porém, Gilberto Madaíl, presidente da federação já anunciou que seu cargo será “analisado” na próxima reunião.

Dunga e Queiroz… que dupla…

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