Free Willie

 

O jovem Willie passou de ilustre desconhecido a objeto de desejo da diretoria vascaína em uma semana.

Ao ganhar a vaga de Pedro Ken contra o Cruzeiro e marcar dois gols – bonitos por sinal- o jovem ganhou de vez a simpatia da torcida, que já não gosta do nipo-descendente. Arisco, habilidoso e ousado, Willie já é pedido da arquibancada no time titular, mas parece que o técnico Dorival Júnior não cederá ao clamor público e voltará com o camisa 10 no time titular.

Cientes de que 2014 será um ano tão difícil quanto 2013, a diretoria vascaína já observa atentamente o desenrolar da carreira de Willie no Vasco, de olho na cláusula contratual que assegura a aquisição de seus direitos federativos por R$ 2 milhões. Com diversos atletas em regime de empréstimo, inclusive o artilheiro do time André, é no atleta empresariado por Carlos Leite que provavelmente passará a formação da equipe titular para o ano seguinte, mesclada com jovens oriundos da base que Dorival Júnior costuma presentar com oportunidades; Jomar, Marlone, Henrique, e quem sabe Danilo, Guilherme, John Clay ( que já figurou na equipe mas não segurou vaga) e Jordi, que acabam de vencer a taça BH de juniores?

Com as restrições financeiras que o clube já enfrenta, e com a responsabilidade de manter em dias os pagamentos à Receita Federal em ordem de manter o recebimento de verbas oriundas de patrocínios, eu não tenho dúvida que o Vasco vai precisar montar um elenco enxuto, barato e apostar certo para manter sua saúde financeira.

Nesse sentido, a diretoria de ontem para hoje, acertou a cessão de Fellipe Bastos à Ponte Preta em troca de Rodrigo Biro, também por empréstimo. Rodrigo foi eleito o melhor lateral esquerdo do paulistão 2013, mas não se firmou na macaca. A troca de um atleta pouco usado por outro “ilustre desconhecido” só pode significar uma coisa; Corte de custos. Fellipe certamente tinha vencimentos maiores que sua condição de reserva justificava, e não conta com apoio da torcida. (71% de aprovação de sua saída em pesquisa Netvasco). Coloca-lo na Ponte Preta é uma maneira de dar tempo de jogo ao atleta e quiçá até valoriza-lo para futuras vendas.

Outro que defenderá a Ponte a partir de agora é Leonardo, que veio de empréstimo oriundo do galo em troca de Alecsandro, mas em cinco jogos marcou apenas um gol, no carioca. Leonardo, que passou mais tempo no DM que no campo, sai com impressionantes 89% de rejeição da torcida em pesquisa do mesmo site.

Se procurarmos no elenco, encontraremos outros atletas que pouco ou nada jogam e não recebem pouco. Encontraremos até atletas que não pisaram uma única vez em campo este ano, como Rodolfo e Enrico. É este tipo de coisa que faz o Vasco desperdiçar dinheiro em jogadores que não trazem nenhum benefício. Infelizmente não é possível prever lesões, nem se livrar de jogadores com contrato em vigor sem que hajam interessados nestes.

 

Em outro assunto não-relacionado: A Penalty vai continuar a estampar o logotipo da Caixa na camisa do Vasco, como e aplicado por um garoto de cinco anos com deficiência intelectual? Não dá para fazer um serviço mais caprichado?

E a camisa de goleiro do Vasco, que todo jogo aparece com um tampão por cima de onde ficava o logo da BFG? Até quando essa vergonha?

E a camisa de viagem dos atletas, que ainda exibe o logo do BFG? Até quando faremos propaganda gratuita?

O que a Penalty tem a dizer sobre isso? O que justifica essa mão-de-vaquisse toda com o Vasco? Será que já não ganham bastante vendendo essas camisas vagabundas a preço de material importado?

VER-GO-NHO-SO