terça-feira, 8 de janeiro de 2013

C’est fini

 

Acabou aquela que provavelmente será a última passagem de Felipe pelo Vasco da Gama.

Já era esperado. Em um ano e meio, Felipe teve algumas atuações memoráveis, principalmente antes da chegada de Juninho. Depois, o espaço que ele perdeu, as dificuldades que o clube começava a enfrentar, e o comportamento do camisa 6 derivado dessas situações, minaram a relação com o clube que pôs Felipe no mapa do futebol.

Não acho que seja necessário enumerar aqui todas as confusões que Felipe criou nessa passagem. Mas tenho certeza, de que o saldo foi negativo.

Lembro de algumas partidaças do maestro em 2011. Em 2012, foram poucas. A posição em que ele consegue render hoje, era a mesma de Juninho. Azar. O Reizinho era o dono do time.

Mas houveram. Tanto que a briga era para que Cristóvão criasse uma maneira que ambos os ídolos atuassem juntos. Foram poucas oportunidades. Quando houveram, o Vasco não jogou bem. Felipe não jogou bem. Um brilhareco aqui e ali, mas nunca uma consistência que convencesse o comandante a definir o time titular com o seis nele.

Em qualquer lugar do mundo, um jogador que recebe o salário que Felipe recebe, e não consegue ser titular, seria “pule de dez” para deixar o clube. Na Europa, futebol é negócio. Desempenho é números.

Mas não aqui. No Brasil há uma visão romântica de que o craque, o ídolo é insubstituível e merece tratamento especial. Mesmo que eu e você, não tenhamos tratamento especial algum em nossos trabalhos, de certo.

Nunca escondi minha indiferença com Felipe. Nunca fui seu fã, nunca gritei seu nome, e aliás, são poucos os jogadores que admiro. Também não sou cego para não enxergar a habilidade dele. Sempre separei bem as duas coisas.

Disse aqui nesse blog que o Vasco precisa de grandes jogadores, e o melhor que poderia acontecer era que se chegasse em um entendimento. Mas a verdade é que um atleta que recebe muito, joga pouco, e ainda por cima atrapalha a unidade do vestiário não pode permanecer no clube.

Portanto, vamos ser sensatos. A história de Felipe no Vasco é bonita, e vai continuar sendo; é o maior vencedor com a camisa do clube!

Mas tudo tem começo, meio e fim. E nesse caso nem Felipe fazia bem ao Vasco, nem o Vasco fazia bem ao Felipe.

Não tenho nenhuma dúvida que ele voltará para o Catar e sugar mais alguns milhões das tetas do príncipe, enquanto eu e você, caro leitor, ficamos aqui discutindo suas atitudes.

Eu conheço o tipo do Felipe; Felipe não torce pro Vasco. Nem pro Flamengo, nem outro time. O Felipe torce pelo Felipe, vai sempre fazer o que achar melhor para o Felipe, e não para o Vasco.

Aliás, não foi o pai dele que, quando ainda atuava no Catar, afirmou com todas as letras que Felipe não era vascaíno coisa nenhuma?

Procura no Google aí.

---/+/---

  • Vasco negocia com Júlio Baptista. Aquele mesmo.
  • Corinthians não desistiu de Dedé, e pode mirar na porcentagem do passe que pertence aos seus empresários.
  • Leonardo, Pedro Ken e Sandro Silva fizeram exames médicos em São Januário e seguirão para Pinheiral.
  • Mas nada de Tenório por enquanto. Dizem que por causa de dívidas do Vasco com seus empresários, ainda oridundas da sua contratação. Brincadeira!

3 comentários:

Liso disse...

E o Rodrigo Caetano vai levar o Felipe para o Flumined!

Digo disse...

Só faltava essa do Dedé virar Gambá!!! Sei que o Ricardo Gomes não iria permitir isso, nele eu acredito!

Manfredi disse...

Essa rescisão vai sair cara, depois veremos o rombo nos cofres.