terça-feira, 28 de agosto de 2012

1 ano

 

Exatamente um ano atrás, Ricardo Gomes sofria um fatídico AVC e deixava o comando do clube que havia levado à conquista da Copa do Brasil.

Era um dia atípico, de clássico contra o maior rival e justamente nessa situação, coube ao então auxiliar Cristóvão Borges assumir o comando do Vasco da Gama.

Era o último jogo do primeiro turno, assim como estamos hoje.

Estávamos em quarto lugar, assim como hoje.

E tínhamos dúvidas quanto a capacidade do elenco para vencer o nacional, assim como hoje.

Nesse tempo, fomos vice-campeões brasileiros, do carioca, e saímos da libertadores nas quartas de final, para o clube que eventualmente seria campeão. Começamos bem o nacional de 2012, e não por coincidência desde a janela de transferências vimos o futebol da equipe despencar.

Eu não sou o maior admirador do Cristóvão Borges, mas admito que ele está fazendo um bom trabalho. Ele é teimoso, demora a entender um jogo e dificilmente altera o estilo da equipe, levando o Vasco a ser um time previsível.

Mas não é qualquer um que assumiria a batata quente que ele assumiu, sem deixa-la cair, e por isso ele tem o meu respeito, independente de discordar ou não com muitas de suas decisões.

Mas para que aa torcida do Vasco, machucada com anos de cortina de ferro e vergonhas da gestão Eurico Miranda, não perca a paciência com ele, que não tem culpa de ter perdido três titulares (para citar apenas os últimos) de um mês para outro, a diretoria precisa correr atrás.

O Vasco vive um momento livre de eleições, com apoio do governo estadual ( dentro da legalidade, com o prefeito E governador vascaínos), e tem além do melhor zagueiro do Brasil, o melhor meia. Dentro de um cenário de médio-curto prazo, coisa de dois anos, nem um, nem o outro, ainda estarão aqui; Dedé certamente após a copa ( quiçá antes) sairá do Brasil para seguir o curso normal de um jogador de grande nível, que é jogar na Europa. E Juninho, com 37 anos, é muito difícil para não dizer impossível, que jogue com 39. Portanto, para usar uma expressão da época do meu avô, “ o cavalo está passando selado, e ninguém subiu nele”.

Dívidas? todos temos. O Vasco possui milhões e milhões em dívidas não é de hoje. No tempo do meu pai já devia, e aposto que após a poeira dos meus ossos sumir da face da terra, o Vasco continuará devendo, assim como muitos outros clubes.

Mas as dividas não impediram dois cariocas de vencer o nacional nos três últimos anos.

Eu sei que esse negócio de presidência de clube de futebol dá dinheiro, assim como ser prefeito de Duque de Caxias, ambas profissões extremamente corruptas, mas vantajosas… mas é bom que quem ocupe a cadeira FAÇA alguma coisa, para variar. Em ambos os casos.

3 comentários:

Liso disse...

Estou aguardando o nosso jogo vendo o patético-mg. É impressionante, não existe bola perdida, todos chutam em gol e muita raça na chuteira, que inveja!

Bom jogo, amigos

Liso disse...

O O O Bárbio, vai tomar no C#!Muita pena do Cristóvão. parando de ver o jogo!

Zé Julio disse...

É Liso, tb não verei o 2o tempo, muito sofrimento por nada. Olho pro time e pro banco, realmente a culpa não é do Cristóvão e sim do DINAMITE. Ele iniciou esse processo de desmanche quando se sentiu inferior ao Rodrigo Caetano.