quinta-feira, 31 de julho de 2014

Copa do Brasil 3ª fase, 2º: Vasco 2 x 1 Ponte Preta


Olá amigos.

Antes de falar sobre o jogo, gostaria de comentar brevemente sobre o cenário político do clube.

Como vocês sabem, eu era, sou e sempre serei contra Eurico Miranda na presidência. Acho que ele seria alguém útil ao clube enquanto membro de uma diretoria, porque é malandro, conhece o futebol brasileiro, tem recursos e põe o "pau na mesa" sem medo de cara feia. Mas o fato é que Eurico é um egocêntrico, centralizador, despotista,corrupto, retrógrado, antiquado e faz do clube seu quintal e seu reino onde quem manda é ele e ponto final, então jamais Eurico vai colaborar com o Vasco não estando na cadeira do presidente, porque ele não quer o bem do clube, ele quer é GRANA. Eu apoiei o Dinamite, e ao passar dos anos, vi que muitas dessas "qualidades" são comuns à ambos. Cansei de dizer neste blog também, que votar em gente que usou a figura do Roberto para entrar no clube e depois o abandonou e virou as costas para o Vasco é o mesmo que o carioca votar no Pezão para governador,um cara que foi parar ali por causa dos outros, não por ele mesmo.

Eu não sei vocês, mas eu estou de saco bem cheio desses presidentes "boleiros". Esses caras que fazem do clube o seu negócio, gerenciam o clube como se fosse uma padaria, mandam e desmandam, pagam a quem quiser, fazem contas que não podem pagar e não estão preocupados com o que vai ficar depois que saírem da presidência. São esses caras que fuderam com o Vasco e atolaram o clube em dívidas, e a muitos outros clubes também. São o símbolo de um futebol brasileiro que não pagava salários, impostos ou obrigações trabalhistas, um futebol que acabou, e a Receita Federal vai tirar até o último centavo desses clubes em dívidas, podem escrever aí.

Clube de futebol hoje em dia não pode mais ser tratado como um poço sem fundo de dinheiro, precisa ser gerido como uma empresa, e portanto precisa gerar LUCRO,operar no azul. O Governo se reúne com os clubes para negociar o parcelamento de dívidas, mas algum presidente quer se comprometer com a outra parte do acordo, que é se responsabilizar pelas finanças da equipe? não. Todo mundo quer fazer do clube de futebol um palanque político para obter visibilidade e se lançar candidato à deputado, senador, a obter contatos para firmar contratos explorando negócios do clube ( como o Maurício Assumpção do Botafogo), ou para arrumar um cabide de empregos para uma duzia de fantasmas, empregar o filho, enteado, genro...

Por isso dizia que o futuro do Vasco não inspirava esperança, porque os candidatos eram desse perfil. 

Não quero influenciar a decisão de ninguém aqui, mas peço que no dia da votação pensem bem no que vocês querem; um presidente que vai gerir o Vasco como o clube do bolinha, ou um presidente que vai gerir o Vasco como uma empresa, assim como os clubes europeus fazem.

E por falar em votação, ainda bem que a justiça determinou que o pleito seja em Agosto. Quero que isso acabe logo, porque até lá vai ser um tal de candidato fazer propaganda em volta (e dentro) de São Januário, que não está no gibi. A muito tempo o Vasco não tinha tantas chapas escritas, e todo esse clima de indefinição faz mal inclusive ao time. Portanto adiar isso seria apenas alongar o sofrimento e a incerteza, se for para acontecer, que seja logo.

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Sobre o jogo:

O Juninho semana passada ao comentar Vasco 0 x 0 Ponte, explicou bem a situação. Não vou nem comentar sobre o que disse a respeito da estrtutura do clube, que precisa mesmo urgentemente de uma mudança, de voltar a ter um CT minimamente comparável ao que clubes como Corinthians e Cruzeiro tem, mas sobre o time; 

'O Vasco tem três volantes lentos, com um meia que também é lento, com dois atacantes que não são rápidos'


Perfeito. Simplesmente perfeito. O Adilson Batista já mudou esse time uma duzia de vezes esse ano, e embora eu entenda que só é possível fazer limonada com limões, as vezes há de se armar a equipe com o que se tem de melhor no momento, não é possível que em Julho o torcedor do Vasco não saiba como o time vai jogar.

A última moda era de povoar o meio campo com voloantes apostando numa maior posse de bola, o que funcionou muito bem contra o Santa Cruz, e depois rateou, uma hora funcionou, outra hora não... naquele zero a zero, o problema era claro e evidente; o Vasco tem um meio lento, um armador lento e um ataque lento. Como o Vasco não é um Barcelona, ou ainda uma Alemanha, não é que nessa lentidão toda se escondesse 60% de posse de bola,simplesmente faltava velocidade e o Vasco chegava à área adversária com dificuldades, já encontrava uma defesa recomposta.

Ontem, o Adilson mudou o time OUTRA vez. Ao invés de três volantes, jogamos "apenas" com Guiñazú e Fabrício atrás, e Dakson e Douglas na frente, Thalles e Kléber na frente. E mudando apenas uma peça, o time já foi outro, mais dinâmico e explorando melhor as laterais. Dakson jogou dando opções para Douglas e arriscando de fora da área ( sem sorte), coisas que faltavam ao time. 

Não me entendam mal; o Vasco não arrasou o jogo. Ganhamos com um gol de pênalti, outro contra e levamos um de cobertura do "craque" Cafú, portanto não posso estar feliz com o resultado. Mas acho que o caminho a percorrer passa por esse "sketch" de time; dois volantes, dois meias. Clássico.

O que não pode acontecer, é o Vasco estar na frente do placar e levando sufoco em contra-ataque. O time ataca, mas se recompõe devagar. Guiñazú não é mais um garoto, o Fabrício nunca foi muito rápido (embora seja um grande jogador, um volante clássico, elegante, que joga de cabeça em pé e chega na frente), exigindo que os meias ajudem na marcação. Não faltou disposição da dupla Dakson/Douglas, mas isso tem seu preço, que é a de o responsável pela criação vascaína, o 10, ter recebido a maioria das bolas no círculo central. Dakson aos 30 minutos estava espezinhado, e no seu lugar entrou Montoya. 

E o que dizer daquela jogada cômica do Rodrigo? 

E aos 30 minutos do segundo tempo, quando o atacante da Ponte chutou de fora e Martín Silva furou a encaixada, largando a bola no pé do atacante paulista, que felizmente estava impedido?

A essa altura do campeonato a defesa vascaína falha assim? Por isso empata tanto, é um time que sofre gols bobos, e tem dificuldade em chegar na cara do gol.

6 comentários:

Manfredi disse...

Ainda bem que o Adilson se convenceu que tem que jogar com dois meias

Liso disse...

Também não gostei nada desse jogo!

Ruy disse...

Ainda não entendi qual é a do Adilson com o Momntoya. Será queimação?

Lima disse...

Gostei da atuação do Dakson, vai acabar titular.

Digo disse...

Tô é preocupado com essa B, isso sim!

Nildeval Sten disse...

Foi um jogo muito bom, claro que, com uma vantagem de 02 gols, construída justamente na casa do adversário, dificilmente o Vasco deixaria escapar a classificação. Aliás, típico da Copa do Brasil, somente agora a competição começa a pegar fogo. Com apenas 16 times na disputa, vamos aguardar o sorteio para saber qual será nosso adversário. Bom sempre lembrar, o nível do futebol brasileiro anda muito baixo, o que pode sim, credenciar o Vasco como um dos postulantes ao titulo. Já pensaram disputando a segundona, o Vasco classifique à Libertadores?

O placar foi construído logo na primeira etapa, com a Ponte Preta precisando reverter o resultado negativo, esperava-se um jogo mais aberto, com o Vasco administrando o resultado, e foi justamente isso que aconteceu.

Com um time mais ofensivo, o Vasco jogou bem dentro de São Januário. Claro que nossas deficiências ainda são latentes. O Douglas continua dispersivo, o Cleber ainda está fora de forma, e o Rodrigo, bom zagueiro, em sua volta, vacilou feio no gol da Macaca. Pouco a pouco, porém, o Vasco vai encontrando sua melhor formação e apresentando um futebol um pouquinho menos sofrido.

Final de semana, Paraná Clube em São Januário. Esperança de um bom jogo?