Dou-lhe quatro

 

Primeiro foi Gaúcho; dou-lhe uma…

…depois, Paulo Autuori; dou-lhe duas…

…então Dorival Júnior; dou-lhe três…

… e como última cartada, chega Adilson Batista no Vasco.

É incrível como o Vasco está seguindo este ano o mesmo caminho do Palmeiras de 2012, com o agravante de não ter ganho a Copa do Brasil.

Os números são muito parecidos, e acabando o campeonato, o Vasco troca de treinador, trazendo um técnico com experiência em série B.

Como o Palmeiras.

Se o Adilson salvar o Vasco, ótimo, louros ao vencedor.

E se não salvar, ele não poderá ser cobrado, e o presidente terá um álibi para ninguém “poder dizer” que ele não fez alguma coisa para evitar o descenso.

Como o Palmeiras!

Que jogada em? Até parece que nosso presidente é político!

É notório que o trabalho de Dorival iniciou bem, mas estagnou a várias rodadas. O time parou de crescer e começou a cair de produção, com um jogo razoável aqui ou ali, embora não se pode exigir grandes feitos desse elenco!

Mas o certo, é que foram 29 partidas com apenas seis vitórias. Números piores do que os de P.A - e não me venham comparar com os de Gaúcho, que enfrentou times do cariocão, que disputam as séries C, e D!!!!! ( e perdeu para alguns)

E chega a ser cômico, que essa situação que passamos é culpa, principalmente, pela falta de um goleiro de confiança. Coisa que alertamos desde Fevereiro! ( Como o Palmeiras!!!)

O time, que já não é bom, não sente confiança no goleiro – nenhum dos três. Essa falta de confiança no companheiro, passa a ser falta de confiança neles mesmos, e a equipe, até inconscientemente, começar a se retrancar na defesa, oferencendo o jogo ao adversário, mesmo contra as instruções de Dorival!

E, se o time não obedece o treinador, como podemos cobra-lo?

Porque não me parece justo um homem gritar com onze atletas durante 90 minutos para fazer uma coisa, estes fazerem outra, os resultados não virem e o técnico ser eleito o culpado pela falta de confiança de uma equipe causada pela inexistência de um goleiro que a DIRETORIA falhou em trazer, e pelo erro do Carlos Germano que bancou os que haviam.

Só para lembrar: No início do brasileiro, a diretoria já havia acertado o empréstimo do Júlio César do Corinthians, que acabou sendo desfeito quando o Carlos Germano resolveu dar pitaco e reclamar da falta de consulta a sua pessoa. Antes não tivessem ouvido-o! Não que o Júlio César seja um baita goleiro, mas duvido que falhasse tanto quanto os que cá existem.

Mas enfim…

Eu entendo que a maioria da torcida queria a saida de Dorival. Não pelo desgosto ao profissional, mas por entender que ALGO precisava ser feito, e que o time não entendia ou não acompanhava ( quiçá aceitava) a filosofia do técnico.

Mas sete rodadas me parecem muito pouco para que Adilson Batista ( a quem eu não tenho qualquer opinião formada) possa mudar algo.

Vai haver aí uma correria maior dos atletas por duas ou três rodadas, no intuito de não perderem espaço com o novo “Mister”, mas apenas correria não adianta, e logo depois isso passa.

Portanto só me resta desejar-lhe sorte e que este tenha liberdade para fazer seu trabalho.

Ao que me parece, a esta altura só resta que se faça o simples, defina quem será o goleiro titular e MANTENHA a posição ( até para passar confiança ao jogador), e que deixe longe do time atletas que (nessa situação) viram os traseiros para o chute adversário a fim de não levar uma bolada nos genitais que viessem a lesionar as (com o perdão da palavra) BOLAS que este não tem.