[Brasileiro] Vasco 1 x 3 Cruzeiro

 

Durante a semana, Diego Souza cravou que outro 3 x 0 para o Cruzeiro em São Januário era “impossível”.

A raposa mostrou que não, e ao invés de contar com o ovo no cú da galinha,( como Diego Souza e Felipe, que delirando disse que o Vasco era favorito ao título) veio e jogou um futebol feio que está mais para o Leeds de Don Revie, do que para o Derby de Brian Clough, mas venceu.

Ao Vasco, resta trabalhar mais, MUITO mais, e calar a boca para realmente ser candidato ao título, porque dizer que “a retranca do Cruzeiro nos atrapalhou” é brincadeira, é achar que nós vascaínos usamos um nariz vermelho de plástico.

Que partidaça do Fernando Prass e do Éder Luís…

… e mais uma vez essa estória de Felipa na lateral. Quando será que ele vai aprender?

FICHA TÉCNICA

VASCO 1 X 3 CRUZEIRO

Motivo: 6ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Estádio de São Januário, no Rio de Janeiro (RJ)
Data-hora: 23/6/2012 - 18h30 (horário de Brasília)
Renda e público: R$ 460.970 e 14.500 pagantes
Árbitro: André Luiz de Freitas Castro
Assistentes: Fabrício Vilarinho da Silva e Fábio Pereira
Gols: Montillo, aos 40'/1ºT (0-1); Wellington Paulista, aos 18'/2ºT (0-2); Rodolfo, aos 21'/2ºT (1-2); Anselmo Ramon, aos 36'/2ºT (1-3)
Cartão Amarelo: Felipe, Dedé (VAS) Matheus, William Magrão, Fabinho (CRU)
VASCO: Fernando Prass; Fagner, Dedé, Rodolfo e Felipe; Rômulo, Nilton, Fellipe Bastos (Thiago Feltri, no Intervalo) e Diego Souza (William Barbio, aos 36/2ºT); Eder Luis (Carlos Alberto, aos 11'/2ºT) e Alecsandro. Técnico: Cristovão Borges
CRUZEIRO: Fábio; Léo, Victorino, Mateus e Everton; Leandro Guerreiro, Charles, Willian Magrão (Tinga, aos 31'/2º) e Montillo; Fabinho (Souza, aos 28'/2ºT) e Wellington Paulista (Anselmo Ramon, aos 31'/2ºT). Técnico: Celso Roth.

A palavra do convidado: Léo

VASCO 1 X 3 CRUZEIRO

Salto Alto?

Ausência do Juninho?

Cavalo Paraguaio?

Todas as opções acima?

Sei que está passando um filme em sua cabeça, assim como na minha. Sofremos a única derrota em São Januário no brasileiro do ano passado e justamente contra o mesmo adversário. Depois, ao final, não especificamente por causa daquela partida, mas justamente uma única vitória nos teria dado o título.

Foi o primeiro revés do Vasco no brasileiro, mas, o sinal de alerta já está ligado.

Expectativa em São Januário para o jogo mais importante da rodada. Prova de fogo para o Vasco da Gama. Justamente no jogo mais esperado pela torcida até aqui, o time acabou ficando reprovado.

O Cruzeiro mostrou desde o início a que veio. Armou uma retranca com a cara de seu treinador. Incrivelmente, chutou a primeira bola ao gol aos 38 minutos de jogo, com esta passando bem longe da meta do Fernando Prass. Era tão irritante o objetivo do time mineiro, que o goleiro Fábio passou todo o primeiro tempo segurando o máximo possível a bola.

Ao Vasco, caberia a difícil tarefa de quebrar a retranca mineira. Dominou completamente o primeiro tempo, mas pecou excessivamente no último passe, principalmente nos pés de Eder Luis, que definitivamente, não sabe cruzar, nem tampouco dar o último passe com perfeição.

Por ironia do destino, num lance bizarro, o Cruzeiro chegaria ao primeiro gol. Fernando Prass (não consigo entender seu desespero), tentou repor uma bola e o Eder Luis (que fase gente), involuntariamente, armou um contra-ataque mortal, sendo que a bola foi parar nos pés do único craque mineiro. Pois é, o Vasco, apesar de melhor em campo, chutou apenas 04 bolas em direção ao gol e o Fábio acabou não fazendo nenhuma defesa, já que todas passaram longe, bem longe da trave mineira.

O segundo tempo ficou do jeitinho que o Cruzeiro se programou. Sem levar gols, fazendo um ao acaso, passou a cadenciar o jogo, explorar os espaços  deixados pelo Vasco e ainda contou com uma noite inspirada da sua maior estrela. Deu certo. Montillo se soltou e municiou o atacante Wellington Paulista, que tentou a primeira, segunda e na terceira, finalmente, o Cruzeiro chegou ao segundo gol, quando Prass, completamente adiantado, tomou um lençol caprichoso do centroavante.

O gol veio num momento onde o Vasco novamente jogava bem melhor, mas sem tranquilidade para concluir. Foi preciso um zagueiro aparecer para recolocar o Vasco no jogo. Aliás, o melhor jogador vascaíno em campo hoje foi justamente o Rodolfo. Com 20 minutos de jogo, ainda teria tempo suficiente para uma possível virada.

Porém, 15 minutos depois, o Cruzeiro mataria o jogo. Desta feita, Prass não saiu do gol e a bola sobrou facílima para o atacante mineiro dar números finais ao jogo. Depois disso, sem sucesso, Barbio ficou cara a cara com Fábio, mas sem tranquilidade para concluir. Alguns já o culpam pela derrota. Nada disso gente, o garoto entrou faltando apenas 10 minutinhos para acabar o fatídico jogo.

Assim, nos últimos 02 jogos só conseguimos 01 pontinho em 06 possíveis, mostrando que em São Januário o Vasco não é imbatível. Outra lição claríssima que fica é a de que ninguém ganha uma partida antes do apito final. Falou-se muito durante a semana, mas o futebol apresentado foi abaixo do esperado. Fica claro também que um golzinho pode desestruturar uma equipe, fazendo-a ficar perdida para o resto da partida.

Pressão total para a próxima rodada. Qualquer outro resultado que não seja a vitória perante a Macaca poderá atrapalhar em muito todas as pretensões vascaínas para o restante da temporada. Não é desespero não minha gente. O Vasco já é o terceiro colocado. Um novo tropeço e até a vaga para a Libertadores já estará ameaçada. É cedo, dirão alguns. Mas vejam, cada partida, uma decisão. Derrota em casa significa ter que buscar pontos longe de nossos domínios, o que é sempre mais complicado.

Boa semana e abraços.