Então…
Não era para vencer? Vencemos.
Não era para convencer? Convencemos.
Não era para qualificar? Qualificamos.
Podem falar o que quiser, que o Comercial é ruim, e é mesmo, pavoroso.
Mas o Vasco cumpriu seu dever se ganhar, se qualificar e de lambuja aplicou outra goleada.
Coisa que por exemplo, Palmeiras não conseguiu contra o igualmente pavoroso Comercial do Piauí.
E o Botafogo, que perdeu para o incrível River-PI?
Não quero ser ufanista e achar que aquele time de outrora virou uma máquina agora, mas tampouco aceito ser tão cético de pensar que tropeçaremos no primeiro time grande.
Para mim, o Vasco hoje é outro, muito diferente e muito melhor, uma equipe com pelo menos um padrão tático, e muito mais segura.
Tudo bem que tomamos um gol bobo de pênalti, oriundo de uma falha de posicionamento, mas eu acredito bem mais que se deu devido a euforia do resultado do que necessariamente um erro coletivo.
Hoje, o time está jogando com confiança e qualidade.
Como bem disse Edmundo na transmissão (fraca) da Band; “Há males que vem para o bem.”
Não tivéssemos o início de campeonato que tivemos, PC não iria cair, Carlos Alberto não iria sair, Ricardo Gomes não viria, e não teríamos o tempo de preparação que estamos tendo agora.
De boa impressão, ficou mais uma ótima partida de Jéferson, a boa partida de Fellipe Bastos que para mim, deve ser o meia ao lado de Eduardo Costa, e de Marcel.
Decepção por parte de Bernardo que errou tudo que fez.
O JOGO
A animação da pequena, mas barulhenta torcida do Comercial, durou apenas dois minutos. Este foi o tempo que o Vasco levou para armar seu primeiro ataque. Eder Luis ganhou na corrida entre os zagueiros e foi derrubado pelo zagueiro Kanu antes de dar de cara com o goleiro Rodolfo. Na cobrança da falta, na meia-lua, Fellipe Bastos mandou uma bomba e o arqueiro da equipe colorada não conseguiu segurar: 1 a 0.
Com um toque de bola envolvente e boas jogadas de ultrapassagem pela lateral, o time cruzmaltino foi se impondo com naturalidade e as jogadas perigosas foram surgindo em sequência. Aos 15 minutos, o Comercial mostrou sua ingenuidade. Em uma bola sobrada na área, o zagueiro Andrezão cochilou e deixou Marcel passar à frente e roubar a bola. O defensor foi dar o bote para tentar tirar a bola e acertou o camisa 9 do Vasco. O árbitro apontou para o pênalti. O próprio Marcel correu para a bola e chutou forte no canto esquerdo do goleiro: 2 a 0.
Com esse resultado, o Gigante da Colina já garantiria a eliminação do segundo jogo, em São Januário, na próxima semana. Mas engana-se quem pensava que o time tiraria o pé do acelerador. Sempre livre de marcação, Felipe era o cérebro em campo e distribuía todas as jogadas. Os vascaínos não demoraram a balançar a rede adversária novamente. Aos 24 minutos, Jeferson levou até a linha de fundo pela esquerda e colocou na medida para Marcel só empurrar de cabeça para o fundo do gol: 3 a 0.
A única jogada de mais perigo criada pelo Comercial foi um chute de fora da área do atacante Anderson, que Fernando Prass teve dificuldade para fazer a defesa. Foi só. E os donos da casa ainda foram para o vestiário com mais um gol na conta. Aos 45 minutos, o garçom Felipe deu passe espetacular para Jeferson, que só deu um toque na saída do goleiro Rodolfo para fazer o 4 a 0.
Não houve vascaíno que não imaginasse que a incrível goleada por 9 a 0 sobre o América, no último jogo da equipe, pudesse ser repetida.
Na volta do vestiário, o panorama da partida não mudou muito. Desde os primeiros minutos o Vasco foi superior e criou chances. Fellipe Bastos, em uma bomba de fora da área, e Dedé, em uma cabeçada, estiveram perto de ampliar. Mas foi Eder Luis quem marcou. Aos 12 minutos, o zagueiro Andrezão deu bobeira, o camisa 7 penetrou na área e tocou na saída do goleiro: 5 a 0. O Comercial também quis dar o ar de sua graça.
Aos 17 minutos, Anderson ficou de frente para Fernando Prass, tentou encobrir o goleiro e foi derrubado. Pênalti marcado. Na cobrança, o próprio atacante cobrou bem e fez o gol do Comercial: 5 a 1. Apesar da goleada, a torcida da equipe local foi ao delírio. A alegria não demorou a passar para o lado alvinegro novamente. Quatro minutos depois, Ramon cruzou com açúcar para Romulo, que foi no segundo andar e testou sem chance para o goleiro Rodolfo: 6 a 1.
A equipe continuou no ataque e perdeu outras chances, como a de Dedé, aos 40, debaixo da baliza. Depois, Ramon fez o goleiro Rodolfo ainda se esticar. Bem que o time procurou chegar ao sétimo, mas nem precisava. A torcida já sabe que o time já é outro...
FICHA TÉCNICA
COMERCIAL-MS 1 X 6 VASCO
Local: Estádio Morenão, Campo Grande (MS)
Árbitro: Antônio Denival de Morais (PR)
Cartões Amarelos: Kanu (COM); Fagner e Eduardo Costa (VAS)
GOLS: Fellipe Bastos, 4'/1ºT (0-1); Marcel, 16'/1ºT (0-2); Marcel, 24'/1ºT (0-3); Jéferson, 45'/1ºT (0-4); Eder Luis, 12'/2ºT (0-5); Anderson, 18'/2ºT (1-5); Rômulo, 21'/2ºT (1-6)
COMERCIAL-MS: Rodolfo, Robinho, Canu, Andrezão, Cláudio, Amaral, Oliveira (Sérgio, intervalo), Vagner (Julio César, intervalo), Thiago Martins, Nené e Anderson. Técnico: Amarildo de Carvalho
VASCO: Fernando Prass; Fagner, Dedé, Anderson Martins e Ramon (Márcio Careca, 29'/2ºT); Rômulo (Eduardo Costa, 14'/2ºT), Fellipe Bastos, Felipe (Bernardo, 23'/2ºT) e Jéferson; Eder Luis e Marcel. Técnico: Ricardo Gomes.
4 comentários:
Acho que iremos virar o time sensação do RJ. PC, só serviu para atrasar nossa vida.
Tô gostando....
Entraremos com moral na taça Rio.
Esse é o meu VASCÃO!
Dinamite deve estar se rasgando por ter deixado o PC tanto tempo na Colina!
Abraços
Muito bom. Agora o Pedrinho voltou a sorrir e ter orgulho de ser vascaíno. O time é outro em campo.
Abraços
Duas goleadas e seguidas vamos acabar nos acostumando muito mal. Felipe faz o que quer com a bola.
que presentão para os torcedores que estavam lá prestigiando!
Valeu!
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