112 anos de glórias

“Aos 21 dias do mes de Agosto de 1898, as 2:30 horas da tarde, reunidos na sala do prédio da Rua da Saúde numero 293 os senhores constantes do livro de presenças, assumiu a presidência o Sr. Gaspar de Castro e depois de convidar para ocuparem as cadeiras de secretários os senhores Virgílio Carvalho do Amaral como 1o. e Henrique Ferreira como 2o., declarou que a presente reunião tinha o fito de fundar-se nesta Capital da Republica dos Estados Unidos do Brasil, uma associação com o titulo de Club de Regatas Vasco da Gama (…)”

Para quem não conhece, este trecho é a abertura da ata de fundação do clube com a mais bela história do Brasil.

Hoje o nosso amado Vasco completa 112 anos de glórias, e tudo que se disser sobre ele, é chover no molhado, portanto, peço a vossa licença para relatar hoje, não notícias como o habitual, mas um depoimento próprio:

Pra mim, ser Vasco é muito mais que uma opção. É uma obrigação moral, daquelas inapeláveis e que não necessitam de explicação.

Para mim, Gabriel Gago, ser Vasco é uma extensão da minha personalidade e uma característica que inseparável da minha pessoa.

É fácil escolher time de futebol para torcer.Normalmente são os últimos que sagraram-se vencedores de competições importantes, os times da moda do momento, mas o Vascaíno, como eu costumo dizer, não escolhe o time, mas é escolhido.

O Vascaíno (sim, com letra maiúscula) é compelido à torcer pelo Vasco, ele se identifica de uma maneira irreversível e arrebatadora com a cruz pátea que carinhosamente chamamos “de malta”  e tal paixão não têm volta.

 

Muitas crianças são “obrigadas” à tomarem o time dos pais para si, e comigo não foi diferente… mas que fortúnio! Filho de imigrantes portugueses, que chegaram neste solo pátrio pelos porões de navios abarrotados de pessoas humildes, esperançosas de fazer uma vida para si em “além-mar”, cá estou, com os olhos marejados a escrever esta meia dúzia de palavras, à tentar explicar o inexplicável: Por que sou Vascaíno.

Talvez porque o Vasco é um exemplo de superação. É resistir à inúmeros ataques, esquemas, armações, jogadas e artimanhas, e  mostrar que você só precisa da verdade e da vontade de Deus ao seu lado para prosperar, como foi com este clube.

Contudo, a melhor resposta que tenho para isso é: Ser Vascaíno não foi uma opção minha, é simplesmente uma extensão de quem eu sou, e eu nunca poderia ser nada além de Vascaíno.

Obrigado ao meu pai, por me passar essa paixão, à minha mãe que nunca o impediu de levar aquele garoto para assistir uma partida,e à minha irmã que torce comigo até hoje.

Obrigado Henrique Ferreira Monteiro, Luís Antônio Rodrigues, José Alexandre de Avelar Rodrigues e Manuel Teixeira de Sousa Júnior, acho que hoje vocês estão muito orgulhosos aí em cima.

Saudações…/+/…