
Enfim, uma vitória!
Não foi aquela que enche o peito de orgulho, mas em face à nossa situação atual, esses 3 pontos fora de casa na reta final caíram do céu. Claro que não vou tirar os eventuais méritos do time, que se esforçou, e se não foi brilhante, pelo menos honrou a camisa na base da entrega, da raça...
Mas convenhamos também que o resultado só foi possível porque o time do Corínthians que entrou em campo é de dar pena. Se o Finazzi tivesse em campo, acho que no mínimo uma ele tinha empurrado pra rede.
Mas vamos aos fatos da partida. O Vasco desde o início deixou claro que ia ficar esperando a pressão do adversário, daquele jeito que a gente conhece. É verdade que a pressão do time paulista era mais na base da correria, e da juventude dos seus jogadores. O Vasco, por sua vez, nas raras vezes que atacava, levava muito mais perigo, já que pegava o inexperiente time corinthiano todo bagunçado. Juro que sentia pena daquela torcida quando olhava pra dupla de zaga Fábio Braz e Betão. É digna de rebaixamento mesmo...
Na minha opinião, os destaques do Vasco na partida foram poucos. O Leandro Amaral mostrou a vontade de sempre, mas perdeu um gol que o atacante experiente não pode perder, num momento em que definiria de vez o resultado. Ainda assim, foi o nosso jogador mais perigoso durante a partida, finalizando umas 3 vezes no total.
Alan Kardec também merece elogios. É verdade que pegou pouco na bola, mas seu faro de matador é uma coisa inegável! Acho que ele é o atacante que tem a melhor média de gols no elenco nesse Brasileirão. Mesmo não sendo titular em grande parte do campeonato, quando tivemos que aturar André Dias, Martin Garcia, Enílton e Abuda, o nosso garoto já marcou 8 gols na competição. Alguns deles nas vitórias mais importantes da temporada, como contra Internacional, Goiás e hoje contra o Corínthians. Todas essas fora de casa...
Outro que merece algumas linhas é o Guilherme. No primeiro tempo foi a mesma porcaria que apresentou durante boa parte do campeonato. Mas no segundo tempo... quanta diferença! Juro que faziam meses que ele não conseguia botar uma bola na frente e ganhar do defensor. Hoje na segunda etapa, ele não apenas passou pelo marcador, como também fez um cruzamento PERFEITO pra chegada do Alan. Daí em diante, ganhou moral, e foi muito bem no restante da partida, deixando no ar uma sensação de que de repente vale a pena ter um pouco mais de paciência com ele.
Também daria uma nota 6,5 pro Thiaguinho. Marcou muito e acertou mais passes que seu companheiro Amaral, e acabou sendo importante pra segurar o ímpeto de Lulinha, Dentinho e outros muleques...
O Morais e o Leandro Bonfim ficaram devendo um pouco. O primeiro tem a desculpa de estar parado há vários meses, e o segundo me deu a impressão de ter dado uma mascarada de leve, talvez em função da sua recente renovação de contrato, e dos elogios que vem recebendo.
Outro que também apareceu menos que de costume foi o Wagner Diniz. Como geralmente acontece fora de casa, nosso lateral "sofredor de penaltis" se segurou bastante, e nas vezes que saiu não conseguiu muito mais que levar umas pancadas no seu corpo franzino.
No mais, o time se comportou da maneira que a gente conhece. Defesa mal posicionada, os meias distantes dos atacantes, e tudo funcionando muito na base do chutão pra frente, e do contra-ataque no erro de saída de bola do adversário.
Hoje dormiremos na Sul-Americana, e só dependemos de nós mesmos para permanecer ali, visto que vamos pegar o Paraná em casa no último jogo. Alguns podem estar radiantes com isso, e eu até concordo que é melhor do que não se classificar pra coisa alguma. Mas confesso a vocês que cada vez que a TV mostrava um torcedor do Corínthians chorando, eu automaticamente imaginava como nós estaríamos hoje se não tivéssemos pego Grêmio e Santos com seus times reservas no primeiro turno.
Se as coisas não mudarem radicalmente, e nada indica que vão mudar (pelo contrário...), tudo leva a crer que o ano que vem vai ser ainda mais sofrido.
Volto a dizer, estamos quase na Sul-Americana, mas deixemos registrado pra história aqui no nosso blog que:
"No ano de 2007, o Vasco se livrou matematicamente do rebaixamento apenas na penúltima rodada..."
Pra mim, essa é a lição a ser tirada pro ano que vem, e não a conquista dessa vaga pra "segunda divisão" da Libertadores...
Saudações ..../+/....