terça-feira, 26 de maio de 2015

Juninhos, Riascos e Dorivas


Ando com o tempo escasso para falar com vós, amigos. Mas tirei uma horinha para comentar alguns casos do nosso Vasco.

Quatro empates seguidos. Não é por falta de jogo, porque o Vasco está jogando bola dentro das suas limitações... é falta de pontaria, e um pouco de falta de criatividade também.

Desde o início sabíamos que, apesar de Eurico pedir um time que jogue ofensivamente, o estilo dos times do Doriva é outro; uma equipe dura de ser vencida, com aplicação tática e força defensiva, confiando em bolas paradas e jogadas individuais no ataque. É um futebol retrô.

Só que as bolas paradas pararam de entrar, e o ataque vive seca de gols. Isso quando o lance chega nesse estágio, porque temos quatro meias que não dão um 10.

Aí a diretoria me traz um volante (Jackson) e um atacante de velocidade; Riascos (que vai ter que jogar muita bola, porque começou mal ao dizer que preferia ficar no Cruzeiro), sem falar na volta de Éder Luís, que tem contrato com o Vasco até o fim de 2015.

Tá... e o meia? 

Para o Vasco ter um ano tranquilo, sem muita emoção, basta à esse time um bom armador. É aí que eu critico mesmo esse papo de "teto salarial"; um bom armador não ganha 100 mil. Futebol é assim; goleiro ganha muito, meia ganha muito, atacante ganha muito.

Aí vemos uma notícia de que o Vasco pode emprestar jogadores para o Macaé, e lista 20 jogadores! Caramba! Se cada um ganha 25 mil, dá 500 mil dilmas essa brincadeira aí! Tá bem, essas notícias são mesmo polêmicas; tem jogador ali que nem contrato vai ter dentro de um mês. Já outros, ninguém quer nem de graça. Mas com 500 mil, já pagaríamos um Fellype Gabriel por exemplo.

Assim, não dá mesmo para criticar o Doriva, que faz o que pode com esse elenco. Tanto é que já teve gente correndo atrás dele; o Grêmio. 

O bicho pegou nessa história aí. Eurico disparou contra o presidente gaúcho, que respondeu que a "coisa não é bem assim", e fato é que Doriva preferiu ficar. 

Eu elogio o cabra, que não largou o Vasco na mão ( e espero que o Vasco também não mande-o embora se perder meia dúzia de jogos), mas fato é que já estava na cara que isto ia acontecer; Doriva acabou de ser campeão carioca, tem um trabalho sólido e a confiança da diretoria. Está pela primeira vez num time grande, e sabia que não pode abandonar um projeto assim do nada, ou corria o risco de "se queimar" muito gravemente. 

Ou seja, ele preferiu ficar no garantido, do que abrir mão deste contrato de dois anos e pegar o Grêmio pós-Felipão com aquele time de bosta e ser demitido até o fim do brasileiro.

A falta de ética que Eurico reclamou é clara; buscar um treinador contratado em outra equipe. Só que a comparação que Juninho fez à rádio Globo dizendo que Eurico fez a mesma coisa quando o contratou, apesar de premeditada porque eles não se dão mesmo, é injusta; o Doriva não tinha uma semana de contrato no Botafogo-SP, nem mesmo encontrou os jogadores, ao passo que aqui ele está literalmente no meio do trabalho.

Infelizmente esse procedimento é comum no Brasil ( e porque não dizer outros países), os clubes não tem o que fazer; se o técnico aceita, tem o direito de rescindir (e pagar) seu contrato. Isso acontece muito, também, porque aqui a "dança das cadeiras" come solta, sem qualquer restrição por parte da CBF, que podia impedir que o mesmo técnico trabalhe em dois ou mais times da mesma divisão do brasileirão numa mesma temporada.





Um comentário:

Murilo disse...

Acho, infelizmente, que Doriva não vai durar muito tempo .