Vasco 2 x 2 Atlético-PR,1ª mão das Quartas de final da Copa do Brasil

 

É um daqueles resultados que são bons, mas ficaram ruins devido as circunstâncias: O Vasco esteve duas vezes à frente do placar mas permitiu que o patético empatasse.

Se analisar friamente, foi um bom resultado pois trouxemos um empate com dois gols marcados na casa do adversário.

Mas não teria sido melhor uma vitória com três gols? Sem dúvida.

E por que ela não veio?

Primeiro porque o Vasco fez um bom primeiro tempo, soube se portar diante da equipe da casa que viria para cima sem sofrer maiores sustos. Teve duas oportunidades claras de gol e numa delas marcou, não graças a Éder Luís que fez uma péssima partida, mas a Alecsandro que estava no lugar certo, na hora certa.

Mas voltou outro time no intervalo; acuado, lento, e nem um pouco ousado. Deixou esse time FEIO do patético paranaense ditar o ritmo que quis e não tardou a sair o gol.

Diga-se de passagem em um lance onde houve nitidamente falta no goleiro vascaíno

Isso foi logo aos seis minutos, mas já mostrava que, se o Vasco continuasse acuado, iria levar outros que só não saíram graças a má pontaria de Guerrón.

Neste momento, eu colocaria um meia em campo que pudesse ditar o ritmo, prender a bola e tirar o time da defesa, obrigando o atlético a jogar atrás da linha da bola. Bernardo era a opção, no lugar de Felipe ou Éder Luís.

Ao invés disso RG sacou Fellipe Bastos, o perna de pau da rodada para a entrada de Eduardo Costa. Muito justa, mas que nada mudava a postura da equipe.

A bem da verdade, o atlético empurrava o Vasco na defesa muito mais na base da vontade do que organização, e se encontrasse um time que soubesse efetivamente contra-atacar, ou que não jogasse tão pouco para frente, tomava mais um, dois, três gols. Porque é fraco, fraco.

Por isso, o segundo motivo do empate é a falta de ambição de Ricardo Gomes que trocou seis por meia dúzia e não fez nada para mudar a figura do jogo.

Porque o Vasco ACHOU o segundo gol. Em uma das raras investidas de Ramon, houve o cruzamento na área mal cortado, que sobrou nos pés de Diego Souza, que vejam vocês foi O melhor em campo, chutar de primeira e marcar um golaço. ( antes disso já tinha deixado Éder Luís duas vezes na cara do gol)

O que sobrava para o patético? abafar o Vasco e torcer pra achar um gol. E foi isso que aconteceu, através de um pênalti BOBO cometido por Ramon.

Agora eu explico: Se fosse o VASCO com posse de bola, ocupando o campo do adversário, teria sofrido pênalti? Não…

A melhor defesa, é o ataque.

Outra coisa que me incomodou foi a quantidade de erros primários cometidos pela defesa.

Como pode um time que jogava todo atrás tomar tanto ataque pelas laterais?

Ninguém sabe o que é um “Um-dois” ? Porque era o tempo todo, o jogador A do atlético tocava para o B, corria, e recebia livre na frente, porque o marcador vascaíno corria em direção ao jogador B e largava o A solto. Porra, isso é o básico, do básico, do básico, do básico no futebol.

Agora vamos falar do terceiro motivo: Arbitragem. Eu quero acreditar que o juiz é fraco, não mal-intencionado.

Mas alguém explica o motivo pelo qual Alecsandro recebeu cartão? Até onde eu vi, ele fez o gol saiu comemorando fazendo uma careta e só.

Aí, o ilustre senhor Wilton Pereira Sampaio, interpretou como “provocação” a torcida do Atlético. Pombas, então esse cara não poderia nunca apitar uma partida em que o Romário atuasse! Fazer careta agora é motivo de levar amarelo? PUTA QUE O PARIU! Ou seja, por uma lance IMBECIL do árbitro, o atacante ( bem como Ramon) vai ficar de fora da partida de volta.

E também não se pode mais cobrar explicações do árbitro? motivo este que levou cartão amarelo a Felipe, Allan e Eduardo Costa. O último inclusive estava sendo empurrado pelos jogadores do atlético que atrapalhavam a formação da barreira do Vasco, mas ninguém levou. PUTA QUE O PARIU!

FALTA ESSA QUE NÃO EXISTIU! O Paulo Baier nitidamente pulou ao menor contato do Eduardo Costa! PUTA QUE O PARIU!

O incrível, é que ele não viu isso e nem a falta do zagueiro do atlético no lance do primeiro gol em cima de Fernando Prass, e nem o pênalti do Ramon. Mas no caso do último, teve um cagoete na bandeirinha e ele aceitou a pressão. PUTA QUE O PARIU, TRÊS VEZES!

Outra insanidade é a nota da torcida no Netvasco do Éder Luís ser maior que a do Allan. Só podem estar de sacanagem, Éder Luís e Fellipe os piores em campo. Perdeu MAIS UM GOL NA CARA, que contou com a sorte de sobrar para Alecsandro, e SUMIU no segundo tempo.

EU JURO POR DEUS, assisti o jogo com meu brother Reinaldo, e teve um momento do segundo tempo que eu perguntei-lhe: “Ricardo Gomes tirou o tiririca?”

 

Mas enfim, poderia, e deveria ter sido um resultado melhor, mas não deixa de ser bom. Jogamos a próxima dia 12 em São Januário pelo empate simples para avançar a próxima fase. E temos que lotar o caldeirão pra fazer “o bicho pegar” como bem disse Rodrigo Caetano pra uma piranha lá do patético…

Desculpem o desabafo, mas hoje estou com o senso crítico a flor da pele.

Vasco 2 x 2 patético paranaense

FICHA TÉCNICA

ATLÉTICO-PR 2 X 2 VASCO-RJ

Local: Arena da Baixada, em Curitiba (PR)
Data: 04 de maio de 2011, quarta-feira
Horário: 21h50 (de Brasília)
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (DF)
Assistentes: Bruno Boschilla e Fábio Pereira (TO)
Cartões amarelos: Alecsandro, Fellipe Bastos, Eduardo Costa, Felipe, Ramon e Allan (Vasco)
GOLS: ATLÉTICO-PR: Guerrón, aos 06 minutos do segundo tempo e Paulo Baier, aos 43 minutos do segundo tempo
VASCO: Alecsandro, aos 36 minutos do primeiro tempo e Diego Souza, aos 28 minutos do segundo tempo
ATLÉTICO-PR: Renan Rocha; Rômulo (Lucas), Manoel, Rafael Santos e Paulinho; Deivid, Róbston (Branquinho), Paulo Roberto e Paulo Baier; Guerrón e Mádson
Técnico: Adilson Batista
VASCO: Fernando Prass; Allan (Fágner), Dedé, Anderson Martins e Ramon; Rômulo, Fellipe Bastos (Eduardo Costa), Felipe e Diego Souza; Eder Luis e Alecsandro
Técnico: Ricardo Gomes